Trio Eterno

Projeto paralelo de Felipe S., do Mombojó, faz show em SP com prévia do 1º disco do grupo

por Luiz Filipe Tavares em

Nesta terça (12), Felipe Souza sobe ao palco do Sesc Pompéia com sua nova banda, o Trio Eterno. O projeto paralelo do líder Mombojó faz um show com uma prévia de Suíte Pistache, primeiro disco do projeto que até ontem (11) era composto apenas por Felipe e por André Édipo (ex-Bonsucesso Samba Clube e atualmente integrante das bandas de China e Lulina). 

Até ontem porque o show do Sesc marca a oficialização do terceiro membro da banda, Missionário José Guilherme, que assim como André, toca na banda da cantora Lulina. “A escolha foi mais pela sonoridade mesmo, uma coisa meio de brincadeira. Mas acabou que hoje é a oficialização do terceiro membro. Esse show será o batismo dele”, brincou Felipe em uma entrevista concedida mais cedo, no início da montagem do equipamento da banda

“O José Guilherme é professor de Abbleton Live [programa de produção e edição de audio] e vai trazer algo a mais para a mesa do Trio Eterno. Ele será o baixista da banda. Na bateria, teremos sempre um músico convidado.”

O embrião da banda surgiu há cerca de dois anos, quando Felipe decidiu que precisava de mais um veículo para sua produção autoral. “Senti essa necessidade de formar uma banda para tocar composições minhas, especialmente porque no Mombojó nós fazemos tudo de forma muito dividida”, explicou. “Eu e o André moramos por anos no Jardim Atlântico, em Olinda, mas nunca nos conhecemos por lá. Eu era amigo do irmão mais novo dele mas nunca o conheci. Acabamos nos conhecendo depois, quando os dois já estávamos tocando e morando aqui em São Paulo. Ele é muito trabalhador e dedicado, então ele é o cara perfeito para me ajudar na organização desse projeto.”

Disco na mão e cabeça no futuro

Suíte Pistache foi produzido pelo alquimista brasileiro dos sintetizadores, Arthur Joly, famoso por construir teclados na escola “frankenstein”, especialmente por usar peças e carcaças recondicionadas de velhos moduladores e synths da marca Moog. Segundo Felipe, a experiência de trabalhar com ele só trouxe boas ideias para o disco de estreia do grupo, que só sai no segundo semestre mas já está pronto, mixado e masterizado.

“O lance do Arthur é o arsenal de equipamentos que ele tem no estúdio. Usamos bastante coisa, especialmente os teclados dele. Ele fez toda a mixagem e masterização também. O Arthur é um workaholic e eu sempre aprendo muito com ele. Ele cria seus próprios instrumentos e é um cara bem legal”, elogiou.

Sem data oficial de lançamento mas com planos de colocar o disco na rua via internet, pen drives e até com uma edição em vinil, o Trio Eterno deve se apresentar poucas vezes antes do meio do ano. Como projeto paralelo de alguém que se apresenta ao vivo tanto como Felipe, dá para entender a opção de manter o grupo como uma formação exclusivamente de estúdio.

“O Trio Eterno não terá muito tempo para fazer shows, especialmente por causa dos compromissos do Del Rey, que tem tocado mais que o Mombojó. Então a prioridade desse projeto é ficar criando. Já temos uma ideia de fazer um novo disco no ano que vem e temos até nome para ele”, contou o vocalista. “Vai se chamar Olinda 2031.”

Vai lá: Trio Eterno apresenta novo integrante
Quando: 12/03, terça, às 21h00 
Onde: SESC Pompéia - Rua Clélia, 92 - Pompéia, São Paulo
Quanto: Grátis
Ingressos: Na rede Ingresso SESC
Informações: (11) 3865-0324
www.facebook.com/pages/Trio-Eterno/144573665637933?fref=ts

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