SXSW: discussões sobre diversidade e inclusão
Uma lista com palestras e discussões que tratam de diversidade e inclusão no SXSW
Em tempos de conflito, muros e falta de diálogo, é bom falar de empatia. E para isso, ouvir, ouvir o máximo possível sobre perspectivas e realidades diferentes das nossas. Para quem vai acompanhar o SXSW e está querendo ouvir mais – ou para quem só quer se atualizar sobre questões sobre as quais as marcas devem estar atentas para não tomar porrada nas mídias sociais -, aqui vai uma lista com palestras e discussões que tratam de diversidade e inclusão:
True Inclusion: Leading Through World Trauma: seguindo os assassinatos trágicos que culminaram em movimentos como #BlackLivesMatter, a Fortune publicou o artigo “Why Employers Need to Talk about the Police Shootings of Black People”. O artigo e o impacto que os acontecimentos tiveram fez com que várias empresas – em especial as do Vale do Silício – começassem a perceber melhor a importância de liderar com compaixão. Vale também ver o keynote da Jessica Shortall, que fala sobre impacto social e a necessidade de programas de inclusão da comunidade LGBTQ nas organizações.
Inclusive Design in an Exclusive Industry e Black (Power) Fashion: com olhares sobre os movimentos de inclusão racial e body positive, jornalistas, designers e ativistas falam sobre como moda pode ser um elemento poderoso de inclusão ou exclusão.
Queer Voices On and Off Screen: neste painel, quatro cineastas independentes discutem as histórias mais importantes a serem contadas, e como as vozes da comunidade LGBTQ devem estar representadas dentro e fora das telas.
Social Media Real-volution: What’s After Perfect: a discussão examina as vidas cuidadosamente curadas no Instagram e como as comparações com a perfeição alheia nas mídias sociais podem impactar a auto-estima e a saúde das pessoas. Também fala de como as marcas podem se beneficiar de um olhar mais voltado para a autenticidade.
#YouTubeSoBrown: Diversity & Digital Storytelling: essa conversa vai explorar a ocupação dos espaços digitais por minorias e grupos que não se sentem representados pela mídia mainstream. Como esses espaços podem fomentar a inclusão? Qual a forma mais autêntica de contar essas histórias, e quais responsabilidades vêm com elas? Qual o impacto na sociedade que elas podem gerar? Relacionado: o painel Gentrifying Genius: Urban Creators Stripped Bare discute como creators negros não recebem crédito ou recompensa por suas criações.
O promissor keynote da genial e provocadora Jill Soloway e The Female Gaze in Interactive Documentary: o #FemaleGaze, ou o olhar feminino, é um movimento que vem buscando dar representação e espaço à perspectiva das mulheres onde antes havia apenas a perspectiva masculina sobre as mulheres (o que resultava, muito frequentemente, em retratações de mulheres objetificadas ou simplesmente ignoradas na indústria do entretenimento). “Protagonism is propaganda for priviledge”, diz Jill Solowayneste keynote do ano passado.
E por último, Dyslexic Design Thinking: um papo sobre como as chamadas “disabilities”, ou deficiências, podem ser canalizadas para resolver desafios criativos de forma inovadora. Um dos apresentadores deste painel tem dislexia, e a partir disso entendeu que certas características dessa condição lhe proporcionava uma habilidade de enxergar perspectivas diversas, o que ajudava muito no processo de design thinking.