Surf garantido no fim de semana

WT no Brasil - Billabong Pro SC

Teremos ondas desde o começo; condições variando ao sabor do vento

Previsão com grau de dificuldade elevado pela alta volatilidade dos mapas, com ventos intensos e mutantes no pacote, sendo decisivos para a qualidade do surf. Desde já vale destacar que poderemos ter novidades na próxima atualização. Por enquanto a prévia é o que segue abaixo.

No sul do país, na ausência de uma única tempestade bem definida, deveremos ter ondas de sul de médio período + ondas de vento (sudeste a leste) de período mais baixo, o que deve fazer com que as ondas oscilem entre os quadrantes sul e leste em águas rasas. Lembramos que haverá a opção pela Praia da Vila e também pelo Rosa Sul, o que aumenta o leque de possibilidades de terral, ou ao menos proteção.

As fontes de ondas:

1. As tempestades no extremo sul do continente seguem a todo vapor, mas as ondas ali produzidas realmente parecem ter muita influência de sudoeste, o que reduz o potencial de tamanho das ondas em águas rasas na região de Imbituba e na costa central catarinense como um todo.

2. Atuando em conjunto com essa primeira fonte de ondas, teremos a formação alguns sistemas bem próximos ao litoral, devendo gerar ondas de vento com baixo período e intensas rajadas ao longo de sua passagem. O primeiro e mais “certo” deles deve ocorrer nesta sexta-feira, justamente o dia de início da janela de espera, e o segundo pode vir no meio da próxima semana.

Condições desta terça-feira:

Ondas pequenas, entre meio metrinho e meio metro de leste, com ventos intensos do quadrante sul. A prova de que os mapas não andam muito consistentes é que para esse dia todos eles indicavam ventos do quadrante norte.

Projeções atuais para os próximos dias:

Quarta-feira: Nada animador

A possível reação avistada no último LD para esse dia atrasa e o surf deve continuar pequeno e fraco. Os ventos podem girar mais uma vez, com indicação de noroeste a nordeste pela manhã e sul ao longo do dia, ganhando intensidade. Tempo encoberto, ainda quente e com risco de chuva, desde o fim de tarde do dia anterior.

Quinta-feira: Meio a um metro com poucos ventos e muita chuva

A véspera do início do período de espera da competição deve ter um leve ganho de pressão devido à passagem da primeira parte do swell. Combo do dia: Ondas de sul com muita influência de sudoeste e período entre 10 e 12s, (apenas uma casquinha, a parte mais intensa passa por fora), misturando-se a ondas fracas de leste, com período em 8s. Ventos fracos a moderados, de leste. O momento menos arriscado deve ser a primeira metade do dia, por apresentarem período mais elevado e menor risco de surpresas quanto aos ventos, já que um novo sistema deverá se desenvolver rapidamente ao sul e deve trazer ventos intensos de sul/ sudeste durante a noite. Tempo fechado, começando a esfriar, mas ainda agradável. Risco de altos volumes de chuva, estilo dilúvio.

INÍCIO DO PERÍODO DE ESPERA

Sexta-feira: A frente fria encosta e os ventos levantam o mar

Desde as primeiras horas do dia os ventos de sul/sudeste entram rasgando com potência semi-ciclônica. A manhã ainda não estará com força total, mas ao longo do dia o mar reage, provavelmente com característica de ressaca e correnteza. As ondas deverão subir de sul (7 a 8s) com formação bastante ameaçada. Na Vila as ondas poderão atingir entre 1,5 e 2m durante a tarde (ápice), mas diante deste cenário de vento sul impiedoso, este pico está fora de cogitação. A opção seria o Rosa Sul, com surf um pouco menor, mas mais protegido. Caso a qualidade das ondas não esteja dentro do esperado (uma possibilidade real), a direção da prova poderá optar em aguardar e decretar day off.
 
A frente fria encosta de vez e o tempo deve ficar feio, com céus encobertos e temperatura caindo mais (mínima por volta de 18º). As chuvas ainda podem ser muito intensas durante a madrugada, mas tendem a aliviar e podem até cessar pela manhã e na hora do almoço. Durante a tarde deve voltar a chover.

Sábado: Ventos diminuem e as ondas devem melhorar

É praticamente certo que os ventos devem diminuir, mas a direção exata ainda é incerta. Por enquanto, tudo indica intensidade moderada, com momentos mais fracos pela manhã e direção virando gradativamente de sul para leste, havendo possibilidade de nordeste mais acelerado (terral na Vila) ao longo do dia. As ondas devem se alinhar um pouco mais e quebrar de sul (8 a 9s) com cerca de um metro e séries de até 1,5m pela manhã, baixando um pouco até o final do dia. É possível que tenhamos o primeiro dia de competição na Vila (e talvez o primeiro no Brasil, caso a sexta seja descartada).

O frio chega a seu ponto máximo, com as mínimas podendo chegar a 15/16º. O tempo segue encoberto, mas poderemos até ter algumas aberturas. O risco de chuva diminui bastante, apresentando volumes reduzidos.

Domingo: Ventos podem se firmar como terral na Vila

As ondas perdem um pouco de pressão e devem ganhar mais influência de leste, quebrando por volta de meio a um metro. A formação tende a melhorar na Vila, especialmente se os ventos realmente virarem de nordeste (leitura atual). Caso fiquem de leste, aí complica um pouco. Mesmo sem ter muito tamanho, pode proporcionar o andamento da competição caso o vento colabore.

O tempo segue encoberto, com risco de chuvas intensas e aumento gradativo de temperatura

Sequência: Mais ondas de leste e possibilidade de um novo sistema

As ondas parecem seguir lestadas e podem até ganhar alguma pressão na segunda-feira, com ventos amigos do quadrante norte, havendo inclusive a possibilidade de acelerarem bastante, o que seria um forte indício da possível formação de um novo ciclone entre o litoral do Uruguai e Argentina. Caso isso ocorra, os ventos tendem a virar novamente para o quadrante sul e soprarem com muita vontade (provavelmente na quarta), devendo trazer mudanças no cenário. Como se trata de uma projeção de longo prazo e as pistas ainda não podem ser estimadas com clareza (na verdade, nem mesmo as de médio prazo), o máximo que nossa bola de cristal pode captar é que a parte mais aproveitável dessa nova ondulação ocorreria a partir de quinta ou sexta, ainda guardando alguns dias “na manga” para terminar a etapa brasileira do WCT. Claro, isso SE ela vingar.

Litoral Paulista

Swell n.2: fim de semana de surf garantido
 
Seguimos com o fraco swell de leste na área, acompanhado de tempo bom. Teremos novidades entre o final de quinta e a manhã de sexta-feira, com o início da segunda ondulação do outono. O tempo deve dar uma complicada para o fim de semana, com a chegada de uma frente fria trazendo queda de temperatura, aumento de nebulosidade e risco de alguma chuva. Tudo bem, no domingo deve voltar melhorar um pouco. Sobre a próxima ondulação, ela parece ter potencial para passar de 1m, girando de sul para sudeste, e promete apresentar dois diferentes estágios, com ápice em pleno fds. As projeções de longo alcance indicam que as movimentações no extremo sul do continente deverão continuar intensas e um novo reforço pode pintar a partir do meio da semana que vem. Swells bombásticos, por enquanto, infelizmente estão descartados no litoral paulista.

Resumo LD, esta aí o que você queria:

Resumo LD: Ondas em si não deverá ser o problema, mas sim os ventos, especialmente durante o ápice. Justamente por isso deverão predominar ondas de baixo e médio período. É possível que tenhamos cerca de dois ou até mesmo três dias de competição ao longo deste primeiro swell. A possibilidade de realizar todas as baterias e definir o campeão durante esta ondulação estará diretamente ligada à confirmação do swell seguinte. Até o dia 2 de maio os dados continuam rolando, e logicamente estaremos de olho no lance.

Buscando desvendar este complexo cenário, resolvemos acompanhar tudo de perto e estamos de partida para Santa Catarina, onde tudo deverá ficar mais claro - mesmo com a chuva! A previsão de SP continua normalmente, como sempre.

É isso aí. O próximo LD vem no fim da semana com os detalhes do swell n.2. Valeu a todos pela força, vamos com tudo.

Abraço e boas ondas!