Stand Up arte

O sobrenome inspira respeito. O tio-avô de Antônio Portinari era o próprio Cândido, chegado de Mário de Andrade e outros modernistas, um dos principais nomes das artes plásticas do Brasil. De certa forma, o sobrinho surfa pela mesma onda. Antônio acaba de abrir no Rio de Janeiro a primeira loja do Brasil especializada em Stand Up Paddle, parente do surf que usa pranchão e remos e vem crescendo a passos largos. Fiel ao gene familiar, o proprietário da Art In Surf importa os boards para depois estilizar as pranchas com fotos e obras de arte de artistas novatos. E vem mais por aí. Os planos agora são de fazer os pranchões com as pinturas de Cândido Portinari.

Como sugiu a ideia da loja?
Vou sempre ao Havaí e nos últimos invernos vi o crescimento do Stand Up. E o Brasil tem um potencial enorme para o esporte, apesar de a modalidade ser cara [a prancha sai por volta de R$ 3 mil]. Trouxe o primeiro contêiner para o Rio há uns dois anos e vendi as 20 pranchas em dez dias. Tudo na garagem de casa.

Você sofreu influência do seu tio-avô? (Cândido Portinari morreu em 1962, bem antes de Antônio, 32 anos, nascer.)

Com certeza, o contato com a arte formou meu perfil. Na casa do meu pai, onde vivi até os 23 anos, as paredes estão cheias de quadros do meu tio-avô. Agregar ao surf foi consequência. E queremos usar obras dele e colocar nas pranchas.

Vai lá: www.artinsurf.com