Sozinha e em cores

Prestes a lançar seus primeiros discos sem a Orquestra Imperial, Nina Becker dá suas dicas

por Kátia Lessa em

Prestes a lançar seus primeiros discos longe dos companheiros da Orquestra Imperial, a cantora Nina Becker manda suas dicas


Ela cursou faculdade de desenho industrial, cantou com Zeca Pagodinho, fez cenários para cinema e publicidade e até montou seu ateliê de roupas. Mas foi na mistura fina da Orquestra Imperial que a cantora Nina Becker encontrou sua sintonia. Depois de sete anos de orquestra, ela resolveu tirar as músicas que estavam trancadas a sete chaves na gaveta. Venceu a timidez e a “autocrítica boba que não me deixava mostrar meus trabalhos” e de uma tacada só lança dois discos solo. Azul e Vermelho trazem composições da própria cantora, além de trabalhos de Rubinho Jacobina, Domenico e Rômulo Fróes e de participações de Nelson Jacobina, Kassin e Moreno Veloso. Os álbuns chegam às lojas em março. Lançamento de dar água na boca.

Blind Faith
Minha dica cultural atemporal é o disco de uma banda formada em 1969 por ninguém menos que Eric Clapton e Ginger Baker (pós-Cream), Steve Windwood (pós-Traffic) e Ric Grech, chamada Blind Faith. Sem nome e com a foto de uma adolescente nua na capa, o disco causou escândalo na época, marcou um período controverso da carreira desses astros do rock. Ganhei da minha mãe quando tinha uns 15 anos e amo até hoje a versão de “Can’t find my way home”


Feira de São Cristóvão
A Feira de São Cristóvão é uma gigante amostra de produtos nordestinos. Tem comida incrível e artesanato, mas claro que a música é o grande lance. Reggae do Maranhão, pé de serra pernambucano, brega do Ceará, tudo enfileirado, o que dá a impressão, quando se anda lá dentro, de que se está apenas girando o dial do rádio.

 

Tono
Esta nova banda carioca é muito legal. São bem-humorados e misturam estilos diferentes de um jeito que eu gosto. Vale conferir o disco deles, que se chama TonoAuge.

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