Somos tudo. O corpo somos nós quem o construímos. O que bebemos, o que comemos, cheiramos, fumamos, nos exercitamos ou entra em contato com o motor de nosso corpo, nos faz fisicamente.
A mente, a alma (alias, tudo indica que somos uma alma e temos um corpo) somos nós também pelas nossas opções, preferências e escolhas. É do que nos alimentamos, tanto no terreno físico quanto no mental (mente= alma), que somos formamos. Somos o resultado e o produto de nós.
Mas parece que estamos condenados a viver de uma certa forma e todo sentido que podemos encontrar na vida esta em escapar a essa penalização para vivermos o mais próximo do que idealizamos viver e ser.
Vivemos velozes, correndo desesperados atrás do tempo que vai se acelerando pela compressão dos espaços. Misturamos pressa com profundidades e superficialidades com reflexões elevadas. Na verdade, fazemos muitas pausas e longos silêncios; o entorno nos distrai e nos perdemos em discursos infrutíferos...
De verdade o que realmente nos move é impossível de ser dividido, compartilhado (essa rica palavra...). O essencial, além de ser invisível aos olhos, como queria Saint-Exupery, é algo que percebemos nos susto e que só pega no tranco. É uma descoberta que explode em nossa cara e que não sabemos suas dimensões. Apenas constatamos.
Escrever e ler detêm a magia de entrar nessa campo minado e perigoso. O escritor vai com sua parte dos ingredientes, o leitor com suas panelas e o fogo e dai sai a porção mágica do conhecimento. Ambos, escritor e leitor, levantam a cortina e espiam e de tão apaixonados pelo que enxergam, ultrapassam suas inquietações.
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