Sobre Consumismo

É preciso consumir. Se não consumirmos, não haverá produção, não haverá trabalho e salário

por Luiz Alberto Mendes em

 

Três  Idéias  do  Momento

Consumismo

O consumismo não é tão monstruoso assim. É preciso consumir. Se não consumirmos, não haverá produção. Por consequência, não haverá trabalho e muito menos contracheque no fim do mês. O desafio real é outro. Carecemos de buscar equilíbrio entre as exigências do progresso e uma verdadeira responsabilidade social e ambiental. Precisamos perceber que grande parte dos bens consumidos não são recicláveis. Estamos atulhando o planeta de objetos que não serão absorvidos nem em mil anos. Penso se é ignorância ou covardia de nossa parte. Porque o preço a ser pago é incalculável e, não podemos esquecer que será pago por nossos descendentes; nossos filhos, netos...

E eles não podem se defender de nossa incoerência.

                            

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Passado

 

Havia em mim um estoicismo que nada tinha a ver com resignação. Cada derrota, cada opressão, cada demora no desencadeamento da expansão de minha liberdade, me derrubava um instante. Acabava comigo. Não era apenas dor do momento. Não. Vinham como que em ondas de desespero que me transformavam em um trapo. A sucção do momento me exauria, a vida parecia que estouraria pelas costas. Eu me revoltava profundamente contra esse aniquilamento e todo meu medo era de que continuasse sem jamais cessar. Mas, o instante seguinte já me pegava defendido e fortalecido. Nada como a vivência para nos dotar de conhecimentos e estratégias existenciais. Sabia que demoraria mais, mas aconteceria. Então pensava que aquela demora apenas me daria chances de me preparar melhor, aprender mais. Quando chegasse minha vez, seria com absoluta segurança e plena certeza. Muitos perguntam como suportei e sobrevivi a 31 anos e 10 meses preso, trocentas rebeliões, tiros, facadas, espancamentos, tortura, rotina, monotonia e a loucura toda que é estar preso. 

Eu acreditava na vontade como a maior de todas as potências existentes. Considerava a vontade imperiosa. Isso me deu forças para trabalhá-la como o facão de fino corte que desbravaria toda selva de ignorância e estupidez que me envolvia.

 

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Imaginação

 

Atualmente o único limite verdadeiro à alma humana é a sua imaginação. Não há mais limites técnicos, ou aqueles que ainda persistem, estão já delimitados e logo serão ultrapassados. Tudo o que imaginamos conseguimos e fizemos. A imaginação não irá além do verossímil. E tudo é possível, tanto os problemas quanto as soluções. Conseguindo aumentar nossa capacidade de imaginar, aumentaremos nossos desafios e objetivos. Então conquistaremos, realizaremos e cresceremos novamente. Somos assim e imaginar é a chave que abre o caminho do criar e fazer. Faremos sempre o que imaginarmos.

Provamos nossa capacidade todos os dias de nossa vida.

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Luiz Mendes

12/04/2010.  

 

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