Ser ecoeficiente

por Redação em

Para a AmBev, a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa devem compor a engrenagem da empresa, permeando todas as suas atividades. Pensando nisso, estabeleceu-se uma política de metas que monitora a evolução contínua da ecoeficiência da Companhia, o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que foi adotado há 17 anos e está presente em todas as nossas unidades fabris. Por meio do SGA, a AmBev se transformou na primeira indústria do setor apta a negociar crédito de carbono no Protocolo de Kyoto (tratado internacional para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa). Além disso, a empresa quebrou um paradigma ao gerar lucro com a ecoeficiência: R$ 72,6 milhões em 2008.

Energia e efeito estufa

A AmBev utiliza biomassa em sete fábricas: Minas (Juatuba - MG), Cebrasa (Anápolis - GO), Viamão (RS), Agudos (SP), Lages (SC), Teresina (PI) e Cuiabá (MT). De 2004 a 2008, a empresa aumentou em dez vezes a utilização de fontes renováveis de energia. Neste mesmo período, a Companhia reduziu em 29% o índice de emissão de gases do efeito estufa, o equivalente ao plantio de 1,5 milhões de árvores. A AmBev é também um dos 27 membros-fundadores do Programa Brasileiro "GHG Protocol", um esforço voluntário de empresas e instituições para a construção de uma plataforma comum de cálculo e publicação de inventários de Gases de Efeito Estufa (GEEs). Para seguir as especificações do protocolo, em 2008 a empresa adotou um inventário mais amplo para monitoramento, passando a englobar todas as nossas unidades produtivas, incluindo as cinco plantas verticalizadas (vidros, rolhas, rótulos, extrato e xarope) e as quatro maltarias (MUSA, CYMPAY, Navegantes e Pampa).

Matéria-prima

A cada ano, a AmBev maximiza a utilização de matérias-primas no processo produtivo com o objetivo de evitar o desperdício de recursos naturais, reduzir a carga orgânica para descarte e melhorar sua produtividade. Um dos principais focos é a redução da perda de extrato usado na produção de cerveja - composto de açúcares fermentáveis, derivados dos cereais malteados e não-malteados, carboidratos e açúcar. Quanto menor a perda de extrato, menor a perda de matéria-prima no processo produtivo. Em 2008, a perda de extrato foi de 5,11%, contra 4,64% em 2007. Esse aumento resultou de ocorrências pontuais em algumas fábricas associadas à padronização de critérios centralizados para controle operacional ao longo da cadeia produtiva. No campo do ecodesign, a empresa conseguiu reduzir, desde 2005, 11,37% do uso de plástico, 12,35% de vidro e 5,8% papel.

Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Além do controle das matérias-primas utilizadas na produção, a AmBev procura constantemente reduzir a geração de resíduos sólidos em seus processos, assim como promover a recuperação, o reuso, a reciclagem e a compostagem. Em 2008, a porcentagem de resíduos industriais reciclados foi de 98,2%, que foram comercializados e não só aumentaram a receita da Companhia como geraram renda para outra cadeia produtiva. Em 2008, a receita proveniente da venda de subprodutos foi de R$ 72,6 milhões. Com o objetivo de estimular o reaproveitamento de resíduos sólidos, a Companhia mantém o programa Reciclagem Solidária, em parceria com a ONG Recicloteca - mantida pela AmBev - e com o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre). As 16 cooperativas participantes coletaram, entre setembro de 2007 e setembro de 2008, mais de 2,5 mil toneladas de materiais recicláveis, como PET, alumínio, papelão, plástico e vidro.

Tratamento de Efluentes

A gestão de recursos hídricos de AmBev considera o ciclo completo no processo produtivo. Além de cuidar do uso racional da água na produção, a empresa se preocupa com a qualidade dos efluentes industriais devolvidos ao corpo receptor, sendo que 100% desses materiais são tratados. As 37 Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEIs) têm capacidade para tratar 240 mil m3 de efluentes por dia, uma carga orgânica equivalente à de uma população de 5,6 milhões de habitantes. Apenas as unidades de Curitiba (PR) e Camaçari (BA) encaminham os efluentes para tratamento externo. Não só a qualidade do material descartado é monitorada, seguindo a legislação ambiental, mas também os corpos hídricos nos quais os efluentes são lançados sem prejudicar o meio ambiente. Medidas para sanar rapidamente efeitos de eventuais derramamentos de material são sempre adotadas pela Companhia. Em 2008, não houve vazamentos significativos.

Biodiversidade

Alinhados ao compromisso com a proteção do meio ambiente, a AmBev também realiza ações voltadas para a preservação de áreas ricas em biodiversidade, que fazem parte das unidades de negócio. Em algumas delas, a empresa possui áreas de proteção ambiental (APA), áreas de preservação permanente (APP), áreas de relevante interesse ecológico (ARIE), reservas ecológicas (REP) e matas ciliares de rios. Alguns desses espaços são utilizados como fontes de educação ambiental, servindo como cenário para aulas sobre fauna ou flora.

Na floresta amazônica, na cidade de Maués, a Companhia mantém a Fazenda Santa Helena, que tem o maior banco genético mundial de guaraná, com mais de 70 mil plantas cultivadas. Em Guarulhos (SP), a fábrica de AmBev é cercada por 850 hectares de Área de Proteção Ambiental (APA). Em Agudos (SP), a empresa apoiou a preservação de 920 hectares de Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) e Área de Preservação Permanente (APP), que circundam uma das fábricas da Companhia. Em Anápolis (GO), a Filial Cebrasa coloca em prática projeto para recuperação da mata de galeria do Ribeirão das Antas, em parceria com a Faculdade Anhanguera Educacional S.A.

Para a construção da nova fábrica em Sete Lagoas (MG) - a Filial Nova Minas, iniciada em julho de 2008 -, a Companhia foi autorizada a extrair 415 pequizeiros. Mas seguindo a legislação estadual, a empresa assumiu o compromisso de plantar 25 mudas da mesma espécie para cada árvore extraída da região.

 

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