Profissão balada

Dez sortudos abençoados com o emprego dos sonhos: rodar o mundo em busca de baladas

por Kátia Lessa em

Acima, a equipe completa do Smirnoff 10. Dez sortudos de várias partes do mundo foram abençoados com o emprego dos sonhos: rodar o planeta por um ano atrás das festas mais originais.

Eles trabalham até altas horas da madrugada, recebem apenas o suficiente para sobreviver sem luxos e não têm tempo para a família. Mesmo assim, os integrantes da equipe Smirnoff 10 garantem que têm o emprego dos sonhos.

Representantes de nove países – dois canadenses, um tailandês, um japonês, uma mexicana, uma brasileira, uma polonesa, um norte-americano, uma sul-africana e uma inglesa –, eles foram selecionados em concursos para o trabalho que você gostaria de estar fazendo agora.

Rodar o mundo durante um ano atrás das baladas mais originais. Isso mesmo. 365 dias sendo pagos para se jogar em furdúncios que vão da África do Sul à Austrália. Da república etílica do México às raves lunares da Tailândia. Das noites no pior inverno dos últimos tempos na China ao calor arretado do Carnaval de Salvador. A obrigação? Documentar tudo em vídeo e colocar no YouTube. Só. O resto é diversão. Dá-lhe fígado!

“Sempre quis ser viajante profissional. Esse trabalho é um sonho e eu já morro de medo só de pensar que um dia ele vai acabar”, revela a paulistana Luíza Sobral, 24 anos.

Apenas no quarto mês de jornada, o canadense de Montreal Kareem Minhas, 24, já afirma que vai ser muito difícil algum destino superar o Brasil em termos de animação. “Nunca vi nada igual. O mundo todo precisa saber que o Carnaval existe. As pessoas merecem viver isso uma vez na vida. É diferente de tudo o que eu já vi. Olhe para aquela mulher de 50 anos. Ela é tão sexy quanto a filha e dança o Carnaval! Quero casar com uma brasileira e morar aqui até o fim da vida”, diz o garoto que, antes do novo emprego, só havia viajado para Cuba.

A polonesa Ania Nidzgorska e a animadíssima inglesa sangue quente Stephanie Prentice concordam: “É o melhor emprego do mundo. Quando falamos para alguém o que fazemos, poucos acreditam. Nem saudade de casa sentimos”.

Mas não é só de balada que vive um mochileiro. O japonês Takashi Sugitsuka se deu mal com o sol, mas adorou nossa culinária. “Até a comida de vocês é certa para tanta festa. É simples, saborosa e energética. No Japão tudo é tão leve que duas horas depois do almoço já estou com fome”, afirma enquanto manda um temaki em pleno Expresso 2222, o camarote do ministro Gilberto Gil. Pelo visto, parece que estamos no lugar certo.

À esq. a brasileira Luíza Sobral entrevista Caetano Veloso. Mais abaixo, o tailandês Benjarit e o japonês Takashi conferem a balada no México. Por último, os gringos machucados pelo sol curtem o camarote Expresso 222 em Salvador

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