Porto Alegre literária

A escritora Clarah Averbuck traça o roteiro das letras na cidade

por Bruna Bittencourt em

Porto Alegre tem sim tradição literária. Os gaúchos e escritores Érico Veríssimo, Mário Quintana e Luis Fernando Veríssimo comprovam. "Deve ser alguma coisa na água", ironiza a escritora gaúcha Clarah Averbuck, colaboradora do extinto Cardosonline, famoso e-zine de Porto Alegre, e colunista do site da revista Tpm.

Seu primeiro livro, Máquina de Pinball (Conrad), foi escrito há três anos, quando Clarah deixou a cidade para morar em São Paulo. Depois dele vieram Das Coisas Esquecidas Atrás da Estante (Sete Letras) e Vida de Gato (Planeta), que será lançado no próximo mês. Mesmo longe de Porto Alegre, a escritora não esquece as raízes e nem os lugares mais frequentados pela turma das letras em sua Poa natal.

Há cinco anos, o bar Ocidente - um dos cenários do estouro do rock gaúcho nos anos 80 - recebe, toda terça-feira, o Sarau Elétrico. Apresentado pela radialista Kátia Suman, pelo escritor Luis Augusto Fischer (autor do Dicionário de Portoalegrês), pelo professor Claudio Moreno e por Frank Jorge (ex-Graforréia Xilarmônica), o Sarau recebe convidados para debater sobre um tema literário específico - do erotismo ao movimento beatnik - e já recebeu nomes importantes da literatura brasileira como Luís Fernando Veríssimo.

O debate é sempre seguido por um show ligado ao tema discutido. Entre músicos gaúchos como Flu e TNT, também deram canja os cariocas do Los Hermanos, em noite dedicada a Chico Buarque.

No mesmo prédio, fica o Ex Libris Livros, sebo preferido da escritora e que abriga mais de 15 mil títulos, além de disponibilizar seu catálogo on-line. "Eles me conseguiam quase tudo que eu queria", diz Clarah que, atualmente, garimpa sebos paulistanos.

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