Peixe dentro d'água

Gênio do surf, Gabriel Medina assombrou o World Tour depois de bater Kelly Slater

por Ronaldo Bressane em

Gênio do surf, caiçara que assombrou o World Tour, único do planeta capaz de bater Kelly Slater – ou adolescente dominado por uma figura paterna, como Neymar no futebol? Conheça a história da relação entre Gabriel Medina e seu padrasto, Charles Rodrigues, principal incentivador da maior esperança brasileira de um título mundial

 

“Quando tinha 10 anos, o Charles me levava pra nadar na piscina em Camburi até se a água estava fria. Ele dizia: ‘Quer ser campeão mundial? Tira a camisa!’. Aí também tirava, a gente corria na chuva e depois caía na piscina gelada. Eu já sabia que queria ser surfista profissional. Via o Kelly e pensava ‘quero ser ele’. Se pra isso precisasse cair na água gelada, caía!” Se para a maioria dos fiéis Deus é pai e não padrasto, para Gabriel Medina o padrasto é uma espécie de Deus. É o padrasto Charles Saldanha Rodrigues quem determina quando, como, onde e por que o surfista treina, descansa, come, acorda, compete, fala com a imprensa, dorme – e até namora. Tem funcionado: com Charles de sombra, Gabri’Air, ou Medal, ou Air Medina, como a imprensa o chama, é o único surfista na história a vencer dois títulos de etapas do campeonato mundial em suas primeiras quatro participações. Dois títulos ganhando baterias em cima de Kelly Slater.

Com 15 anos, Medina foi o mais jovem a ganhar uma etapa do WQS (na praia Mole, sobre o local Neco Padaratz). Com seus atuais 17, tornou-se o mais novo a entrar no World Tour (ao vencer o WQS no País Basco este ano) e o único a ganhar a segunda etapa do WT de que participou (em Hossegor, França). Em 2009-2010 já havia vencido três campeonatos seguidos, todos com notas dez na final, feito inédito: o King of the Groms International 2009 na França, o mundial júnior, no ISA World Surfing Games 2010 na Nova Zelândia, e o Rip Curl Grom Search International 2010 na Austrália. Outro recorde impressionante? Ao lado de Slater, o prodígio foi o único surfista profissional a tirar duas notas dez em uma mesma bateria (Slater pegou dois dez com dois tubos, mas Medina ganhou o King of Groms de 2009 com dois aéreos diferentes). As comparações com Slater não são descabidas. Aos 39, Slater é o mais velho campeão, mas já foi o mais novo (aos 20, em 1992, no Rio de Janeiro). Ao completar 18 anos em 22 de dezembro, o fenômeno ainda terá dois para superar essa marca do careca norte-americano. Será seu próximo recorde?

“Tô trabalhando pra isso”, diz Medina, em seu jeito tranquilo – aliás, tranquilo demais para pronunciar a palavra trabalho: a alguns metros de distância quebram as ondas perfeitas de Pipeline. Estamos em Oahu, Havaí, na casa alugada a peso de ouro pela patrocinadora de Medina, a Rip Curl, de frente para o crime (valor estimado da mansão: US$ 7 milhões). Logo após a vitória na etapa de San Francisco, o padrasto Charles trouxe o menino pela orelha: “vai treinar pra Pipeline, moleque”. A orelha inchou e deu a Medina uma ideia. Fugindo da sempre crowdeada Pipeline, tem treinado em Off The Wall, Rock Piles e Rocky Point – nesta última, depois de tropeçar num celular na areia, Medina criou a manobra “airphone”. É um aéreo seguido de um veloz saque de celular da bermuda, suficiente para mandar um “alô” e emendar o gesto com um floater, manobra em que a prancha flutua de leve sobre a onda [talvez você leve mais tempo para ler esta frase que Medina usou ao criar a acrobacia]. A imagem caiu na internet e em um dia 700 fãs criaram gracinhas para dublar Medina no airphone – de “Pois é, gata, fiquei preso no trânsito” a “Vou precisar de uma Kombi dia 8 de dezembro pra enfiar uns surfistas dentro”.

Bi, chegou a hora

Dia 8 de dezembro começaria o Pipe Masters, único dos campeonatos da Tríplice Coroa havaiana em que Medina se inscreveu [esta edição fechou antes das finais]. À boca miúda, surfistas condenavam a estratégia de descartar o Reef Pro em Haleiwa e a World Cup em Sunset – afinal, o garoto precisa de experiência nas ondas do North Shore havaiano. Mas foi assim que o padrastro Charles, decidiu. “Pipe Masters tem mais visibilidade, e não fazia sentido o Gabriel se estressar com várias competições seguidas”, explica Charles. “Assim ele pode alternar relax com treino, aí quando começar Pipe vai ficar absolutamente focado.” Foco é unanimidade entre os elogios a Medina – ao lado das usuais comparações com Slater, que também só disputará o Masters. “Ele está sempre sossegado porque só pensa no surf que vai fazer”, avalia o big rider Pedro Scooby, parceiro constante de Medina no North Shore. “Nunca ouvi o Gabriel se referir ao Slater com medo: pra ele é natural ganhar do cara, sem arrogância”, arremata. “A ascensão de Medina foi mais empolgante que qualquer outro surfista desde Slater”, afirma o ex-top Shea Lopez, zanzando em Sunset. “Gabriel meteu fogo na praia”, disparou o veterano australiano Joel Parkinson, que perdeu para Medina na final em San Francisco. “É um dos talentos mais loucos que já vi, um competidor duro, maduro para a idade.” O próprio Slater resignou-se, ao ser derrotado por Medina pela segunda vez (e contabilize-se nessa queda de quilhas com brasileiros a lavada que tomou de Adriano de Souza na etapa do WT em Peniche, Portugal). “Antigamente eram os jovens que aprendiam com os velhos. Mas agora está acontecendo o contrário! Se você quer colocar o surf em outro nível, tem que empurrá-lo para perto do que caras como o Gabriel estão fazendo”, suspirou.

Um elogio desses, vindo de um cara 11 vezes campeão do mundo, marca difícil de superar em qualquer esporte, poderia facilmente subir à cabeça de um adolescente. É o tipo de coisa que o padrasto Charles, tenta não deixar acontecer. “Quando vejo que ele está se achando, chego e digo: ‘Você ainda não é o Kelly’”, conta Charles. “E olha que é uma bronca que posso usar pelo menos 11 vezes!”, ri. O padrasto se sente à vontade para atuar como superego de Medina. “Antes da prova eu fico como um diabinho no ouvido dele: ‘É, Bi, chegou a hora!’. Se ele perde, eu mudo, consolo. Mas não deixo de dizer que ele errou. O melhor jeito de tirar a tristeza é discutindo os erros”, revela Charles. “Ele engole o choro, fica calado, mas no dia seguinte já cai na água pra saber como ganhar na próxima. Ele é muito competitivo.”

Messias de Maresias

Desde sempre foi assim: Medina detesta perder. No surf, no futebol, na bola de gude, no palitinho, no videogame – só entra pra ganhar. Na água começou cedo, 8 pra 9 anos. Aos 2 meses de idade, já era local da praia de Maresias, São Sebastião, litoral norte de São Paulo. (Temos aí outra marca para a galeria: Medina é o caiçara mais bemsucedido da história do surf brasileiro. Entre os locais de Maresias, é o Messias.) Medina nasceu em São Paulo, filho de Simone Medina. O pai, natural de São Sebastião, família toda de Santos, morava em Maresias, e nem sequer subiu a serra para assistir ao parto. Simone teve outra criança com o pai de Gabriel, Filipe, até que se separou, sete anos depois. Conhecia Charles há tempos: era sua funcionária na surf shop em Maresias. Um ano mais tarde uma nova família se formava – e Gabriel ganharia a primeira prancha.

“Cedo eu percebi que ele tinha talento natural para o surf”, conta Charles. “Ficava emocionado vendo ele surfar pequenininho... Com 11 anos vi ele no Canto do Moreira dar dois aéreos seguidos! Ali foi a primeira vez que realmente me assustei com seu talento”, recorda, olhos marejados. Jeito sossegado, porte mediano, fala macia, Charles, 40 anos, mora em Maresias há 20. Paulistano de Vila Nova Conceição, filho de engenheiro, largou a faculdade de arquitetura no Mackenzie seis meses antes de se formar para abrir uma surf shop na costa norte paulista – então, um paraíso frequentado por raríssimos. Seu pai era contra a mudança de profissão, mas não teve jeito: em pouco tempo Charles viajava com os amigos em barcas para o Peru, a Indonésia e o Havaí. Nunca foi, porém, profissional. Free surfer, aplicou as lições de arquitetura às manobras do enteado, de quem elogia a inteligência física. “Sempre achei difícil corrigir uma manobra minha, por isso não me profissionalizei. Com ele é o contrário: se faz uma manobra feia e digo a ele algo tipo ‘esse arco não estava legal, abre mais o braço’, na onda seguinte ele faz exatamente o que pedi. Entende rápido”, destaca Charles. “Fico obcecado em fazer ele lincar uma manobra na outra. Daí vem a fluência. Tento ensinar ele a esticar um movimento inteiro para logo em seguida chegar na outra manobra, como se uma saísse da outra. E peço que faça toda uma onda na mesma velocidade”, desenvolve.

Fã de Oscar Niemeyer e Tom Curren, o padrasto diz que, acima de todas as aulas, sempre primou por um princípio: a beleza. “Minha preocupação com Gabriel é a beleza do surf. O surf tem de ser fluido, uma manobra precisa encaixar na outra no mesmo gesto, sem baque, com prazer. Mesmo um aéreo é uma manobra brusca, mas a aterrissagem tem de ser suave. Detesto surfista que cai de um aéreo com a perna aberta, é feio. Ele pode até perder uma bateria, mas tem que surfar bonito”, analisa Charles. “O movimento tem de ser exatamente como uma onda, braços, pernas, tronco. Agora, de nada adianta saber balançar se você não tem destreza nos pés, o que o Gabriel tem naturalmente. Isso não se ensina. É como ver um garoto de 9 anos que conduz a bola sem olhar pra ela”, afirma Charles – que, diferente do enteado corintiano, é palmeirense.

Incubadora de legends

Goofy desde o primeiro drop, Medina tem algo do estilo fluido de lutadores bailarinos como Mohammed Ali ou Anderson Silva. Não por acaso um de seus grandes passatempos é o game Dance Central 2, para o Xbox Kinect. Os outros são Twitter e Facebook. Embora de escassas palavras, no mundo virtual Medina se solta. Até perguntou ao repórter, meio cabreiro, em seu jeito aéreo: “Sabe se já existe uma doença pra quem fica muito tempo na internet?”. Na rede, só navega mesmo em sites de relacionamentos e de surf. Não é muito de ler. Mas tem folheado o Pão Diário, uma agenda evangélica de autoajuda presenteada pela mãe. “É irado! Meu pai não vai à igreja, mas minha mãe vai sempre na Bola de Neve e me deu esse livro”, conta Medina, que chama o padrasto de pai ou “Cha”. “Ela está me ensinando a ler a Bíblia. Não entendo muito. Tem umas palavras sinistras! Mas rezo sempre antes de dormir”, diz o bom menino.

Quando está na casa da Rip Curl, Medina tuíta e feicebuqueia loucamente. Tem passe livre também na casa da Nike, copatrocinadora que paga seus tênis. Ali o momento é de praticar mortais na cama elástica ou se jogar num vale-tudo com Scooby, o surfista campeão mundial júnior Filipe Toledo e o parrudo chefe da equipe Nike, Daniel Smorigo. “Na real, se não fosse surfista eu seria campeão de MMA!”, bravateava Medina antes de ser finalizado por Smorigo. Ter duas corporações esportivas globais dando lastro tão cedo é significativo dessa nova geração de surfistas, cada vez mais profissionalizados. Medina se consulta no centro de medicina esportiva Mar Azul, em São Paulo, onde aprendeu exercícios de ginástica funcional e ioga e elaborou uma tabela de nutrição.

“O surf está atingindo o status de esporte de massa, por isso essas casas são verdadeiras incubadoras de legends”, diz Charles. Fora os US$ 300 mil de premiações em 2011, os patrocínios de Rip Curl e Nike somados podem render a Medina US$ 1 milhão por ano. Charles não revela o valor exato, mas sopra o nome de mais uma empresa sondando o adolescente: a 9ine de Ronaldo Nazário, um dos ídolos de Medina no futebol – o outro é Neymar, tão jovem e controlado pelo pai quanto ele. Pelo berço de ouro, trata-se de geração bem diferente das anteriores. “Meninos como Gabriel, Alejo, Pupo e Filipe são mais educados”, analisa Charles. “Entram no mar com respeito, sem gritar, nem brigam quando são rabeados num free surf. Agora, quando o Gabriel compete, é guerra. Ele se vê como soldado – até o olho dele muda”, descreve.

Antes do patrocínio de cinco anos da Rip Curl, as viagens eram feitas na base do padrastocínio. Mantida pela surf shop de Maresias (hoje a loja Medina Rip Curl), vivendo em um condomínio fechado na boca do Canto do Moreira, a família de classe média nunca passou perrengue, mas o dinheiro para as barcas de surf era contado. Charles e Gabriel pegavam ônibus, passavam o dia na praia treinando, compravam o rango no super e iam comer em um hotel barato (em geral arroz, frango e batata, nada de refrigerante ou fritura: o suficiente para manter os 70 kg de Medina prensados em seu 1,80 m). Exemplo: a prova em Coffs Harbour, na Austrália, era móvel, tinha três praias uma perto da outra, a uma distância de 5 km, eles nunca avisavam onde ia ser a competição. “Aí, de manhã, como o Gabriel não podia correr, eu corria de uma pra outra até descobrir, enquanto ele esperava no quarto”, conta. Todo esforço é pouco para vencer o “chupa-cabras”, como Charles define Kelly Slater.

Marias parafinas

O padrasto está sempre na cola porque sabe: o surf é a arte da espera – do campeonato seguinte, do melhor mar, da próxima onda. Assim, é nos dias em branco que muito atleta bom se perde. O calendário de Medina no North Shore começava às oito da manhã e terminava às 11 da noite, revezando ginástica, treinos em Rock Piles e tardes livres. Nessas, Medina mandava um “vou ali, pai”, de olho no iPhone, e vazava. “Maria parafina é fogo”, pisca o olho Charles, acrescentando que a mãe sempre equipa a carteira de Medina com camisinhas. Gabriel tem que cumprir o horário: no North Shore o limite é 11 da noite e acabou. A presença de Charles inibe os amigos que procuram Gabriel para a balada. “Eles me chamam de general, mas respeitam. Tendo horário pra dormir e não usando drogas, beleza. Problema é quando o cara mistura mulher e droga e não dorme. Aí nunca vai ser campeão mundial. Se vencer o campeonato, libero, pode voltar de manhã”, afirma.

“Ele é rigoroso sim. É um chato!”, diz Medina de Charles. “Mas ele sabe que eu gosto de ser cutucado, que assim fico mais competitivo”, fala. O surfista pegou gosto por competir nos arranca-rabos com o irmão. “A gente brigava por futebol, game, bola de gude. Se exagerava, o castigo do Cha era sempre o mesmo: tirava minha prancha...”, lembra Medina, que diz adorar uma torcida desfavorável. “Gosto dos que torcem contra e a favor. Quanto mais gente, me sinto mais forte, com mais vontade de ganhar. Quero a praia cheia me olhando, aí vou mostrar mais do que posso. Maresias estava lotada quando tirei meu primeiro dez!”, lembra Medina.

E qual foi o título mais especial? “Imbituba, quando venci o WQS. Gostei muito do lugar, as pessoas me tratavam superbem, comia num lugar bom, estava com a família, o que é raridade, me senti em casa”, conta Medina sobre sua vitória em junho no SuperSurf Internacional 2011 na praia da Vila, em Santa Catarina, que lhe deu 40 mil doletas e a chance de disputar o WT. Charles, com os olhos cheios d’água, acrescenta: “Esse dia foi uma choradeira geral... O que ele fez levantou toda a praia, ninguém acreditava em um aéreo depois do outro! No pódio, Medina dedicou o prêmio pro meu pai... Foi muito emocionante”, conta o padrasto, quase sem voz. Medina olha o comovido Charles e apenas boceja. Uma hora de imprensa já é demais para seus hormônios em chamas. “Posso ir, pai?”, pede ele. Pode, Medina. Até as 11 você pode tudo. Só não esquece a camisinha, garoto aéreo.

 

Medina Airlines

Esquerdas ou direitas?
Esquerdas

Melhor manobra?
O Superman [no qual, em meio a um aéreo, ele segura a prancha com as duas mãos]. Não parece, mas é mais difícil que um 360º

Próxima manobra?
Estou tentando um 720º e um backflip [famosa manobra do havaiano Flynn Novak]

Ídolo old school e atual?
Tom Curre Mike Fanning

Ponto fraco?
Tudo! Meus aéreos são bons, mas não são perfeitos. Também preciso pegar mais tubos para chegar no Kelly

Como foi competir com ele? Tremeu?
Quando vi o cara, falei: é agora. Dentro de mim, não tive dúvida de que ia ganhar. Mas não olhei pra ele antes de entrar

Como encarou o elogio dele?
No fim da bateria, Slater só me deu parabéns. Se perdesse, falaria o mesmo pra ele. Fiquei sabendo mais tarde que ele disse que eu vou ser o futuro do surf. Foi legal... mas consegui dormir

Quantas vezes Slater vai ser campeão?
Você vai ter de perguntar pra ele. Muita gente achou que estava acabado e o cara tá aí, com 11 títulos. Espero que continue, porque quero ganhar dele

Slater é perfeito?
Quase. Talvez seu aéreo não seja tão bom, mas ele sabe fazer... ele sabe fazer tudo!

Vai ser campeão em 2012?
Este ano não tive essa chance, fiz só quatro etapas e os outros começaram em janeiro! Mas uma hora vou ser campeão

Onda favorita?
Maccaronis, na Indonésia

Já teve algum medo no mar?
Nunca. O que tiver que acontecer, vai acontecer

Pensa em ser um big rider?
Não, não gosto de manobrar em onda grande

Qual é seu estilo?
Manobras modernas, novas, radicais. É a nova geração, de gente como o Owen Right, o Alejo Muniz, o Miguel Pupo, o Jadson André, o Thiago Camarão

Seu dom especial é o foco?
Sou bem frio mesmo. Não ligo pra pressão. Sou tranquilo

Outros esportes?
Curto tênis, futebol parei por causa do surf, é perigoso. E quando estou competindo meu pai proíbe o skate. Snow quero muito fazer

Faculdade?
Só quando me aposentar do surf

Qual vai ser a primeira coisa a fazer quando voltar a Maresias?
Ver minha família, meus amigos... e depois surfar

Música?
“Remember the name”, do Fort Minor. Curto muito rap, em especial o Projota e o Emicida

Namorando?
Terminei faz dois meses. Não dá, é muita viagem. Minha preferência é morena de olho claro. Não pode ser muito grande nem muito pequena

Como é sua relação com seu pai biológico?
Encontro às vezes; ultimamente, por causa da competição, a gente se vê pouco. Ele é um cara engraçado. Com certeza tem ciúme de eu ter outro pai, e o Charles também, mas é normal...

De zero a dez, que nota se daria?
Sete. Não tenho noção das coisas. Dizem que no Brasil estou famoso, mas pra mim tá normal. Ainda não voltei pro Brasil pra sentir

Quem é Gabriel Medina?
Sou um cara tímido... mas acho que sou legal. Não sou?

Crédito: Bruno Lemos
Crédito: Aleko Stergiou
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Crédito: Arquivo Pessoal
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