Ondulação da década

Competição de surfe acontece em ondas de até 8 m, e californiano vence na última bateria

por Carlos Sarli em

Depois de cinco anos, competição de surfe acontece em ondas de até 8 metros, e californiano vence virando na última bateria.

Ele nem era nascido quando o homenageado morreu e tinha apenas um ano quando o Quiksilver em Memória de Eddie Aikau começou a ser disputado em Waimea, Havaí. Esta semana, Greg Long, 26, venceu a 25ª edição do “Eddie”, a mais tradicional competição de surfe em ondas grandes e que de fato só aconteceu sete vezes devido às exigências nas condições do mar.


Como diz o slogan, “The Bay calls the day”, a baía de Waimea quebrou como raras vezes na última terça-feira. Na água os 28 convidados e todos os vencedores das edições anteriores, entre eles Clyde Aikau, 60, irmão mais novo de Eddie, Kelly Slater, que em 2002 venceu em Waimea e mostrou suas habilidades fora do World Tour, e Bruce Irons, que venceu a última disputa em 2004.


A prova acontece em um único dia em duas séries de quatro baterias com sete atletas. Cada bateria tem uma hora de duração e é avaliada por sete juízes, que atribuem notas de zero a 20, sendo a mais alta e a mais baixa descartadas e cinco somadas. Ao final do dia as quatro melhores ondas de cada competidor definem a classificação.


A competição começou pela manhã com previsão de o mar subir durante o dia. Na primeira série Slater foi o destaque, usando a mesma prancha que venceu em 2002, pegou tubo, completou drops improváveis e emendou uma onda até a areia.


Greg Long tem em seu currículo vitórias em Mavericks, em Dungeons, mas surfava pela primeira vez em Waimea, e na bateria da manhã não foi bem. À tarde as séries ficaram mais frequentes, as ondas ainda maiores, apesar do céu azul e do vento fraco, sinistro. Slater liderava com folga quando a última bateria do dia foi pra água.


Fato inédito, Greg somou todas as suas notas nessa bateria, uma delas um 100. Se tornou o primeiro californiano a vencer o Eddie, levou só US$ 55 mil de prêmio, mas uma fortuna em prestígio. Outro premiado nessa bateria foi o chileno Ramon Navarro, “Monster Drop”, e terminou na honrosa quinta colocação. Carlos Burle representou o Brasil pela primeira vez no evento e ficou em 16º, Slater ficou em segundo e Sunny Garcia em terceiro.

MUNDIAL DE SURFE
No feminino Stephanie Gilmore venceu a última prova em Maui, Havaí, e ratificou o tricampeonato. Silvana Lima foi vice-campeã mundial pela segunda vez. No masculino Marco Polo garantiu vaga para o World Tour 2010 pelo WQS. Jihad Kohdr e Heitor Alves têm a última chance de classificação no Pipe Masters, e Adriano de Souza briga pelo vice-campeonato. A prova começou ontem com ondas de 10 pés.

MUNDIAL DE BODYBOARD
Neymara Carvalho ficou em terceiro em Confital, Ilhas Canárias, e conquistou pela quinta vez o Mundial. No masculino o havaiano Jeff Hubbard foi o campeão.

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