Lóki na cabeça
O filme sobre Arnaldo Baptista conquistou a preferência do público no Cine Fest Petrobras
O Dom Qixote do espaço derrubou os moinhos gigantes. Arnaldo Baptista, personagem tão genial quanto tocante do documentário Lóki foi o mais votado pelo público que lotou a semana do Cine Fest Petrobras em Nova York. O Tribeca Cinemas ficou pequeno para a alegria contagiante do dietor Paulo Fontenelle e os produtores André Saddy e Isabella Monteiro.
Na festa que rolou depois da premiação, a confraternização entre os diretores, atores e público foi total. Ao som da DJ Karina Pimenta, que foi de Frenéticas a Jorge Ben, Murilo Rosa, Maria Paula, Priscila Fantin e Camila Morgado circulavam em meio a convidados brasileiros e gringos, entre eles produtores e donos de distribuidoras. Se tudo der certo, Lóki deve ser, aliás, distribuido no circuito comercial nos EUA. The Mutant is kicking!
Bandeiras misturadas
Cláudio Manoel e Calvito Leal, diretores juntamente com Micael Langer de Somonal - Ninguém sabe o duro que eu dei, documentário que resgatou do limbo a figura do cantor, estavam também animados com a boa recepção do filme no festival. As pessoas batiam palmas, riam e cantavam as músicas ao longo da exibição. Manoel, explicou a polêmica do filme: "a gente entrou nessa para bagunçar as bandeiras, o que a gente queria era fazer um filme dúbio, que tirasse do espectador essa impressão oficial do preto e branco." E continuou: "a gente é um país que discute a ditadura de um lado só, sem espaço para os meio tons.". Ao que complementou Calvito: "isso incomoda muita gente, não tomar partido.".