Impressão 3D microscópica

Esculturas impressionantes em dimensões menores do que um grão de areia

por Luiz Filipe Tavares em

As impressoras 3D estão ficando cada vez mais precisas. Mas até hoje nenhuma máquina conseguia criar objetos tridemensionais tão rápido e em uma escala tão minúscula quanto a impressora criada pelos pesquisadores da TU Wien, a Universidade de Tecnologia de Viena, na Áustria. Ali, usando a tecnologia litográfica de dois fótons, os pesquisadores conseguiram criar réplicas da Ponte de Londres, da catedral St. Stephen e de um carro de Fórmula 1 de apenas 285 microcentímetros. 

A impressão é feita em uma placa de resina maleável moldada por um feixe de laser concentrado. Os objetos impressos são invisíveis a olho nu. Assim, as fotos que você vê na galeria acima foram tiradas por um microscópio eletrônico, que permite uma visão clara dos detalhes dos objetos. Os pesquisadores também conseguiram registrar o processo de impressão em vídeo, que você pode ver no player abaixo. Ali, você vê em tempo real como a impressora da TU Wien criou a réplica microscópica de um carro de corrida. 

Na prática, essa tecnologia representa um grande passo para diversas áreas de pesquisa. Na medicina, por exemplo, essa impressora pode ser usada para criar micro-partes e próteses cirurgicas em uma escala até hoje impossível de ser atingida. Ela também pode moldar nanodispositivos para as pesquisas com microbiologia, a um preço muito mais acessível e uma velocidade muito mais prática para os estudos de universidades ao redor do globo. 

O sistema de impressão da máquina é muito mais químico do que mecânico. Como o pesquisador Jan Torgersen explicou em comunicado à imprensa internacional, “a resina utilizada na imprssão contém moléculas que são ativadas quimicamente pelo raio laser. Essas moléculas induzem uma reação em cadeia nos outros componentes da resina chamados monômeros, tornando-os sólidos instantaneamente."

Veja as imagens aumentadas mais de 700 vezes em um microscópio eletrônico na galeria acima. Agora, o trabalho daquele cara que escreve seu nome em um grão de arroz não parece mais tão interessante, não?

Vai lá: www.tuwien.ac.at

 

Crédito: Reprodução/TU Wien
Crédito: Reprodução/TU Wien
Crédito: Reprodução/TU Wien
Crédito: Reprodução/TU Wien
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Crédito: Reprodução/TU Wien
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