Um dos caras mais brilhantes que conheço é meu grande amigo Paulo Eduardo Busse Ferreira Filho, o Padado. Já na Faculdade se destacava pela capacidade de síntese e análise da realidade que nos cercava. Nos períodos de eleições estudantis, seus textos e reflexões elevavam o nível do debate e despertavam interesse em muita gente. Ontem, depois de alguns anos, voltamos a falar seriamente sobre política. Falamos principalmente da chatisse da política brasileira, a esperança Obama, o governo Lula e o que parece estar vindo por aí. Depois do papo, trocamos emails e Padado demostrou que continua afiado na arte de despertar nas pessoas ânimo pra fazer coisas novas e ousadas. Publico uns trechinhos do que ele me escreveu para compartilhar idéias que me animam bastante.
“…chamo de novo revolucionário pessoas comuns inovadoras sem saber, gente competente em sua área (música, direito, moda, teatro, cozinha, economia, agronomia, alquimia, nada etc. etc.) que gera idéias e inconsciente e desavisadamente muda o mundo, ainda que as idéias sejam apenas o próprio exemplo, sem saber cultivam os tais “projetos de políticas públicas…”
“…se conseguíssemos organizar uma forma de dar vazão a idéias essencialmente novas e inovadoras, poderíamos criar algo realmente atraente e que valesse a pena, um sopro de vida que poderia até virar política, mas sem esse objetivo…”
“…quem quisesse direcioná-lo para a velha política e assim subvertê-la poderia até fazê-lo, mas seria preciso antes passar por um períodode originalidade absoluta, um novo movimento que no Brasil ainda não existe, para além de esquerdas e de direitas, de plebes e de elites, desprovido de velhos recalques epreconceitos, para além de povo, mercado, nação, estes conceitos demasiadamente abstratos desprovidos de forma e conteúdo, muito convenientes a populismos de toda espécie…”
“…nada vale se não for realmente verdadeiro, atual e sobretudo divertido.”