Somos seres famintos por elogios. Achamos que precisamos nutrir nossa auto-estima com as palavras obsequiosa dos outros. Isso porque nos sentimos pequenos, carentes, queremos atenção sobre nós e não conseguimos nos valorizar por nós mesmos. Então, fazemos da opinião do outro ao nosso respeito, parte do nosso julgamento acerca de nós mesmos.
Talvez porque diante da imensidão de planetas de tamanho enormes, de tantos bilhões de estrelas milhares de vezes maiores ainda e centenas de bilhões de galáxias de tamanho incalculáveis, temos a consciência de que somos menos que grãos de areia, mal perceptíveis em escala cósmica.
Mas a ciência nos esclarece que é nas menores coisas que as coisas realmente ocorrem e que tais acontecimentos vão reger a formação das maiores. São nas partículas micro cósmicas que se processam as causas que vão gerar efeitos macro cósmicos. É no átomo, onde habitam os elétrons, prótons e nêutrons, que vai se definir e processar a mínima parte de cada matéria.
Resumindo: tamanho só é documento de maior ou menor importância para nós que ignoramos. Para o Universo maior ou menor massa física não é critério de avaliação. Logo, somos sim um grão de areia em relação às grandezas físicas do Universo, mas não insignificantes: temos valor. Estrelas não sentem, não calculam e não pensam, pelo menos não ao que saibamos. Um dia viajaremos por elas e as dominaremos com nosso ridículo tamanho, conforme os interesses do Universo.
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