Esquentando o caldo
Depois de seis meses de espera, a APT conseguiu reunir competidores dos quatro cantos do globo
Juntar competidores dos quatro cantos do globo em três dias tendo como base da convocação previsões climáticas. Esse é um dos grandes desafios para quem organiza campeonatos de surfe em ondas grandes. Apesar da evolução dos boletins meteorológicos, é muita variável para combinar: direção, tamanho e período da ondulação, intensidade e direção do vento, maré e por aí vai. No último dia 31, depois de seis meses de espera, os organizadores do circuito mundial de surfe tow-in conseguiram reunir duplas de diversas nacionalidades em Punta de Lobos, Chile, e realizaram a primeira etapa da temporada 2008/09. Vai para três anos que a APT (Association of Professional Towsurfers) tenta pôr em pé o circuito. No primeiro houve apenas uma etapa com ondas regulares no Havaí, no segundo somou-se à dificuldade logística a financeira, e agora o Chile, que costumava encerrar a temporada, acaba iniciando a seguinte.
Os surfistas comparecem apesar de a premiação mal cobrir as despesas. Como disse Sylvio Mancusi, que dividiu US$ 1,5 mil com o parceiro Edílson Assunção pela quarta colocação: “Investindo no futuro do esporte e motivados pelo desafio”. A dupla australiana Koby Abberton/Ryan Hipwood ficou com o título, seguida pelas brasileiras Danilo Couto/Rodrigo Resende e Everaldo Texeira/Yuri Soledade. As oito primeiras colocadas no Chile têm vaga garantida para a etapa de Jaws, Havaí, cujo período de espera vai até março.
Outra discussão relevante para esse tipo de prova é o tamanho das ondas. O assunto estará na pauta por aqui nos próximos dias. Ontem foi dado o sinal verde para o Red Nose Tow In Championship, que deve acontecer entre segunda e terça em Maresias, SP. São esperadas ondas de até 12 pés com intervalo de 14 segundos, condição muito especial para o padrão brasileiro e cinematográfica em Maresias.
A primeira prova da modalidade no Brasil reunirá 21 equipes convidadas, oito delas estrangeiras que receberam ontem a convocação. Com R$ 100 mil de premiação, a melhor que o surfe a reboque já ofereceu, é provável que os convidados apareçam.
SURFE EM JOGO
Mesmo com ondas fracas em Maresias, o formato do Desafio Brasil X EUA motivou a torcida e provou ser eficiente para a TV. O Brasil ganhou.
CORRIDA DE AVENTURA
Depois de quase quatro dias e 520 km de prova, os neozelandeses da Orion venceram o Mundial disputado no NE brasileiro. A brasileira Oskalunga ficou em quarto.
SKATE NA VIRADA
Provas de slalom no sábado no Museu do Ipiranga, de banks no CEU de Campo Limpo e demo de vertical no Sambódromo no fim de semana compõem a Virada.