Epidemia do craque
Graças a Neymar, os metrossexuais não desfilam apenas nas metrópoles do Sudeste
Os metrossexuais não desfilam apenas nas metrópoles do Sudeste. Graças ao craque do Santos, luzes, gel, moicano e topetes estão nas cabeças de todos os tipos de brasileiros, como prova um salão de beleza de Belém
Pele escura e cabelos cuidadosamente espetados e descoloridos. Bigodes e barbichas bem aparados, costeletas desenhadas. Tem algo diferente nos meninos do Brasil, e digo isso tomando como amostra Belém, no Pará. Por lá é rara cabeleira jovem que não seja ornada com estilo. Instigada por essa estética fui parar num salão de beleza masculino em Jurunas, bairro mais populoso (e popular) da capital paraense. Aberto há quatro anos, especializado em cortes diferenciados ao preço de R$7, o Nosso Salão viu o movimento subir depois que Neymar e suas variações do moicano afundaram de vez com o preconceito de que homem não pode ser vaidoso e ousado. Lá os meninos, inspirados pelo ídolo, gastam seus trocados para terem seus pelos raspados com precisão, ficam horas com touca térmica e muitas vezes têm que fazer fila para serem atendidos e transformados em galãs.