Toda forma de amor
Dono de um dos discos mais celebrados de 2015, MultiLove, o neozelandês Ruban Nielson vem ao Brasil com sua banda Unknown Mortal Orchestra
É sobre uma relação a três com sua mulher e outra garota que Ruban Nielson canta em Multi-Love, o terceiro disco da sua banda, Unknown Mortal Orchestra. Os três (e mais os dois filhos do casal) moraram juntos por algum tempo em 2014, mas a namorada, como Ruban a chama, precisou deixar os Estados Unidos por falta de visto. Pouco depois o disco foi lançado e a banda passou o ano de 2015 inteiro na estrada. De volta à sua casa em Portland, de onde falou com a Trip, o guitarrista fã de Caetano Veloso se prepara para viajar mais um pouco: este mês ele traz seu soul psicodélico pela primeira vez para o Brasil.
Eles se apresentam no Popload Gig, em São Paulo, no dia 28 de abril.
Vocês viajaram muito desde o lançamento do disco. Como foi a turnê? Foi muito cansativa, mas é o melhor momento da banda, então está ótimo. Não tenho muito para reclamar. Agora estou com um pouco de tempo livre, estou em casa. Ficar longa da minha família é chato, mas tocar música é muito importante para mim. Acho que eu vou querer viajar menos um dia, mas sinto que ainda tenho muito o que fazer.
Faz quase um ano que você contou a história do triângulo amoroso que inspirou o último disco da banda. O que rolou desde então? Está tudo bem normal agora. Eu fiquei viajando, então não aconteceu muita coisa na minha vida. As coisas estão ok, elas esfriaram um pouco. A relação acabou já faz um tempo… Digo, não completamente. Eu não sei. Ela está na Bolívia agora. Eu a vi recentemente. A vida segue.
Você lançou três discos entre 2011 e 2015, já está trabalhando no próximo? Acabei de começar. Sempre que estou em casa penso em algumas melodias e recomeço a gravar. Estou trabalhando em uma música nova, faz uns cinco dias. O próximo ano vai ser dedicado a isso.
Sua família materna é do Havaí, você surfa? É engraçado porque minha mãe é havaiana e meu pai é da Nova Zelândia, então eu posso dizer que surfar está no meu sangue. Mas eu nunca me interessei por isso. Como eu cresci muito próximo, meio que me rebelei. E eu sou uma pessoa que olha mais para o interior. Mas nado bem, acho que eu seria bom [risos].