Emicida

Rapper conta que uma viagem a Pernambuco o fez despertar para a música

por Letícia Flores em

  - Crédito: Divulgação/Ênio César

Atualmente, quando se fala em rap no Brasil logo se associa à imagem do Leandro Roque de Oliveira. Ou melhor, é impossível falar no tema e não fazer referência ao Emicida. Com duas mixtapes (Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe; Emicídio) e um EP (Sua Mina Ouve Meu Rep Tamém) lançados nos últimos dois anos, ele é o grande nome do gênero musical no Brasil atualmente.

Não bastassem os shows lotados por todo o País, as inúmeras vitórias nas batalhas de rap e um Twitter com quase 50 mil seguidores, Emicida foi escalado para representar o Brasil, ao lado da banda CSS, DJ Marky e da dupla de produtores The Twelves, em um dos maiores festivais de música do mundo, o Coachella, na Califórnia.

Quando perguntado sobre o que mudou sua vida, Emicida revelou o que o fez despertar para a música! E não, não foi um show ou CD, foi uma verdadeira e bela percepção da vida! Não é à toa que é um dos maiores artistas de rap do Brasil hoje em dia. 

“Acredito que o que mudou minha vida foi uma viagem que fiz aos 15 anos para Pernambuco. Foi a primeira vez que ganhei um prêmio de história em quadrinhos e viajei por conta da vitória. Aquilo me fez ver o mundo com outros olhos, de uma maneira muito diferente da anterior, pois até então eu mal tinha saído do meu bairro. Quando me dei conta estava contemplando a grandeza do mundo. Voltei outra pessoa pro gueto, pensando em algo do tipo 'esse lugar se tornou pequeno demais pra mim'. Daí em diante eu já não tinha mais limites e fui arriscando pelas ruas. O resultado foram essas mixtapes e todo o barulho que causaram. Aprendi formas de canalizar todo o amor que sinto pela arte e transformar isso em algo que me possibilite cuidar das pessoas que gosto, em resumo, mandei bem!"

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