Diálogos Insuspeitos

por Luiz Alberto Mendes em

 

A lógica nos leva a crer que, quanto mais ignorante, menos o ser se importará com a consequência de seus atos, não é? Mas não são os mais intelectualizados que sempre estiveram no poder? E a prevaricação inconseqüente não foi uma constância? Tem algo errado ai, concorda?

 

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O país parece em estado de precário de preservação ecológica. Não há mais quase lugares aprazíveis no Brasil. As florestas estão em adiantado estado de desmatamento, castigada grileiros, mineradores, por queimadas ou as encostas ocupadas por precários barracos pendurados nos morros. As praias sucumbem a cuneiformes fecais e ocupação irregular. As cidades vicejam em meio ao lixo, esgoto, poluição, transito caótico, degradação ambiental e à violência estupidificada.

O que acham, é pessimismo, uma visão negativa ou realismo mesmo? Queria saber.

 

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Parece que nós vivemos duas sociedades em uma só. Estou enganado? Vamos ver se consigo separar sem dividir (possível isso? Tentemos, pois.).

A da informação, que privilegia o racionalismo, o pragmatismo, a tecnologia, o conforto físico e a inteligência racional.

A outra, a existencial, que valoriza as histórias vividas, experiências individuais, emoções pessoais, conforto espiritual e inteligência emocional.

Consegui? Pelo menos me expliquei, não é?

Qual escolher? Inteligência racional ou inteligência emocional? Ambas, não é mesmo? Por isso o ideal é separar para analisar e entender, depois não dividir porque ambas nos cabe e nos compõem. Não somos assim sistematicamente organizados. Na prática, essas sociedades se interpenetram e se misturam dentro de nossa realidade existencial ao ponto de impossibilitar a distinção.

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Luiz Mendes

15/12/2014.

 

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