Consciência X Consequência

por Luiz Alberto Mendes em

 

Medo às Consequências

 

Sou apaixonado por História. Leio livros de História como fossem romances. Assim, de um fôlego só. Para mim é fascinante ler o homem em sua trajetória construindo e destruindo impérios. Sendo brutalmente humano, sanguinário e guerreiro feroz. Os Vickings e os Espartanos essas sociedades voltadas para o saque, para a invasão e a matança. Depois os Gregos, os Romanos e demais dominadores do mundo. Aqueles portugueses enormes, tipo o Borba Gato da estátua, que por aqui aportaram. Homens acostumados à dor, ao sofrimento e que possuíam uma força colossal (só o bacamarte pesava 30 quilos) e uma vontade férrea, inquebrantável.

Gosto de filmes de guerra somente até a 2ª guerra mundial. Aquela foi a ultima guerra que homens se enfrentaram cara a cara. Havia honra e orgulho de se morrer em batalha. Mas percebe-se já no homem o desespero por escapara à suas consequências. Os bombardeios à distância são um pouco disso. Embora houvesse risco de ser derrubado no ar pela artilharia aérea ou pelos caças inimigos. Nunca voltavam todos os aviões que partiam para as missões de bombardeio.

Com o desenvolvimento da tecnologia os aviões, as bombas e as armas foram ficando mais eficientes na arte de matar à distância. Os mísseis intercontinentais são teleguiados para atingirem alvos a milhares de quilômetros de distância, e com precisão milimétrica. Os estragos que potencialmente são capazes de produzir ainda não foram medidos.

O avião não pilotado é a ultima moda da guerra. O fim das baixas e das consequências. Missões suicidas já não precisam mais de espiões, Kamikazes ou de homens-bomba. O homem aperta botões, dirige joi stikes e destrói seus “inimigos” até sem os ver, como nos jogos eletrônicos.

O homem pode até escapar de sua consciência por nem ver as desgraças que promove, mas não há como escapar de suas consequências. De alguma forma pagaremos por isso. O que atiramos para o ar há de cair, inexoravelmente. As ações são sempre deflagradas por alguns. O ruim é que as consequências atingem a todos.

Nenhuma omissão será perdoada.

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Luiz Mendes

07/02/2012.

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