O ódio, a inveja, até o rancor pode ser usado como motivação de desenvolvimento social e de crescimento pessoal. Como seria esse nosso mundo se não fôssemos egoístas e vaidosos? Chegaríamos ao que somos? Haveria civilização, cidades, progresso, teríamos a história que tivemos? E mesmo nós como espécie, sobreviveríamos?
Mas o ciúme, coitado do ciúme, não serve para nada. Somente destrói confianças e acaba com a espontaneidade. Torna a pessoa portadora desse mal em neurótica, pesada e termina com qualquer relação. Mesmo aquelas mais promissoras e bem estruturadas.
Não existe ciúme positivo. É apenas suportável, quando muito. Quem precisa perceber ciúme na pessoa amada para se sentir querido, é porque já não acredita no sentimento do outro. Ciúmes é desconfiança, falta de fé, ou seja; fim.
Ciúme não tem nada a ver com amor. Tem a ver com a insegurança em relação ao amor. Ciúme é posse. É fazer do outro objeto de seu domínio. Amor também não é desprendimento total. Amor é quando queremos que o ser querido tenha mais lucro na relação do que nós. Amar significa querer e fazer o bem. Quando amamos desejamos do fundo de nossa alma que a pessoa amada seja feliz. Mesmo que não sejamos nós a razão dessa felicidade.
Queremos e precisamos tanto amar e sermos amados que acabamos acreditando que amamos ou que somos amados só porque há ciúmes. Às vezes o medo de não sermos amados nos torna tão infantis...
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