Cinema no papel

Leia antes que vire filme

por Redação em

O negócio do gaúcho Carlos Gerbase é cinema. Seu novo livro dá o serviço logo no título: 16 narrativas enxutas, urbanas, em tramas espertas com muito humor e sexo, mesmo cardápio dos filmes que Gerbase dirigiu (entre eles, o inteligente e subestimado Tolerância). Com texto afiado, ele faz com que o leitor tenha a sensação de ver o que é narrado. E vale a pena ler essas histórias antes que elas virem filmes (algumas até já viraram). Num dos contos, Gerbase se apropria dos personagens Pereba e Zequinha, criados por Rubem Fonseca no antológico Feliz ano novo, e conta como eles tomam de assalto a Feira do Livro de Porto Alegre. O objetivo dos dois: um tira-teima com seu criador, também personagem da narrativa. Cineasta, Gerbase é jornalista, professor e canta na banda Replicantes. E ainda acha tempo para escrever livros divertidos como este.

Marçal Aquino é escritor e roteirista, autor de Faroestes Contos Cinematográficos, de Carlos Gerbase
Artes e Ofícios (51/ 3311 0832), 126 pp, R$ 15
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