As coisas que cegam por Luiz Alberto Mendes em 13.12.2012 Fúria Fria Nada pode ser muito maisDo que já temos.A começar por aquela velha horaQue inicia cada amanhecer.Vestimos os mesmos problemas de sempreOs mendigos e os meninosDormindo pelas calçadas.Adolescentes desempregadosPortanto perigosos,A vagarem pelas vielas dos subúrbios.Velhos deixados em seus pedaçosDe papelão pelos cantos da cidade.Gente que se atropela, tropica nas calçadasE tromba no trânsito.Testas franzidas olhos ameaçadores;Estupidificados pela fúria friaDas coisas que os cegam. **Luiz Mendes12/12/2012. Arquivado em: Trip / POESIA