A modéstia quanto a nós mesmos

por Luiz Alberto Mendes em

 

 

 

Auto Proteção

 

Não somos idiotas. A vida é dura professora. A nossa fé em nós mesmos, por isso mesmo, é bem modesta, para dizer o mínimo. As Instituições que criamos são muito mais para nos proteger de nós mesmos do qualquer outra finalidade. Medimos o outro por nós. Mas não por esse “nós” que mostramos ao mundo. Esse sabemos que não existe. E, como disse acima, não somos idiotas para nos enganarmos tão fácil assim. A não ser quando queremos. Aquele outro “nós” escondido, de quem só nós conhecemos a medida e a pegada, é quem realmente mensura a partir de seu interior.

O sistema métrico, de peso, os freios, os limites de velocidade, os sinais de trânsito e outros sistemas de controle foram criados tendo em vista primeiro o conhecimento de nossos limites e fraquezas. Difícil quem nunca bebeu e saiu dirigindo pelas ruas e estradas afora. Meu pai afirmava categoricamente que dirigia melhor quando bebia. Eu nunca fiz isso. Também, né, nem dirigir eu sei...

No pensamento, já matamos quase todos nossos inimigos e detratores inúmeras vezes e alguns com requintes de perversidade. Quem nunca matou pelo pensamento, nem vivo esta. As leis penais existem para nós, e não para o outro. Questiono se nossas convicções religiosas, filosóficas e sociais teriam capacidade de nos segurar, caso não houvesse as leis punitivas.

Cada vez que penso o assunto fico mais convicto que devemos mesmo ser bastante modestos quanto a nossa fé em nós mesmos. Potencialmente sim; somos grandes, o máximo. Dizem por ai que somos até filhos de Deus. Mas na prática e atualizado, hum... no máximo somos grandes aprendizes...

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Luiz Mendes

30/05/2011.    

 

 

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