Quando me aproximo de atingir ideais que tanto sonhei, que tanto trabalhei, que tanto amei, parece que eles ficam cada vez mais longe e se alongam interminavelmente.
Começo a pensar que jamais chegarei a atingir a completude de coisa alguma. Isso de método; começo, meio e fim não existe.
No fim concluo que essa ideia de chegar a algum fim, aproximar de algum objetivo, é uma utopia inatingível. Ninguém é médico; a pessoa que estudou para ser médico vai sendo e se fazendo médico na medida em que atua como médico.
Provavelmente a missão seja estar sempre em busca, a procura e assim nos capacitando. Na verdade estamos ansiosos para continuar a ser aquilo que continua esse processo de busca.
Creio que somos um devir, como queriam os existencialistas, um vira ser que não se completa, mas que também não encerra a procura. Quiça de um sonho, de uma quimera ou da liberdade, essa essência da vida.
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