10 perguntas para Eduardo Kobra

Ele está com você naqueles piores momentos do trânsito caótico de São Paulo. E não é um anjo da guarda. Simpatizante dos principais pilares do hip hop, Eduardo Kobra conquistou a cidade, o País e o mundo com suas pinturas inigualáveis e seus "muros da memória" - lembrou dos muros da Av. 23 de Maio? Esses mesmo!

"Sempre que consigo transferir o que esta no meu coração para uma parede, sinto que completei o ciclo do que considero arte na minha vida, mesmo com todas as barreiras e dificuldades que se apresentam", conta. 

Você pode amá-lo ou odiá-lo: mas já se tornou impossível não vê-lo. 

O que é arte? Conseguir sorrir após um trabalho finalizado e ter o privilégio de levar meu trabalho ao acesso de todas as pessoas.

Qual o seu maior medo? Sofri anos com diversos tipos de complexos e traumas, muito naturais de quem vem da periferia de São Paulo. Precisei me esvaziar de tudo, começar minha vida novamente para me sentir bem comigo mesmo, abrir mão de muitas coisas que achava certo, mas que na verdade só me faziam mal. Hoje, meu medo é me desviar do caminho que encontrei para me achegar a Deus.

Como você gostaria de morrer? Somente Deus sabe minha hora, então o que ele decidir por mim está tudo bem. Não tenho medo de morrer. Sou um sobrevivente do caos.

Uma obsessão? Pintar. Toda a minha vida gira em torno da pintura. Tenho passado cerca de 7 meses por ano fora do Brasil, sempre dentro de galerias, museus ou em cima de algum andaime.

Quem ou o que são os maiores amores da sua vida? Em primeiro lugar, Deus. Depois, minha esposa Andressa e meus dois dogs, o Vangogh e o Billy.

Qual o seu maior arrependimento? Não ter usado máscaras e proteção para pintar. Isso me causou sérios problemas de saúde, com intoxicação de metais pesados.

Com qual figura histórica você se identifica? Os grafiteiros Jean Michel Basquiat e Keith Haring, e o muralista Mexicano Diego Rivera.

Quais expressões você mais usa? "Icônico" e "específico".

Se pudesse, o que você mudaria em você? A hiperatividade, sou refém! Na medida certa é muito bom, mas no meu caso existe um certo exagero.

Qual o seu estado de espírito atual? Estou na melhor fase da minha vida, aprendendo a valorizar os itens mais simples e a passar o tempo com as pessoas que realmente se importam comigo, independente do meu estado financeiro ou de saúde.

Pra dar uma conferida no trabalho excepcional do muralista, confira a nossa galeria: