O pequeno produtor e a agropecuária sustentável

Os pequenos produtores rurais trabalham de maneira menos extrativista e, assim, ajudam a preservar a natureza

apresentado por Danone

No Brasil, notícias sobre grandes fazendas e agricultura de largo alcance são frequentes na imprensa, em especial quando o assunto é o agronegócio ou ao tratar de índices econômicos – e não sem razão, já que no ano passado o setor foi responsável por quase 25% do PIB nacional, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O espaço reservado ao pequeno produtor acaba, em geral, sendo explorado em publicações de nicho ou quando há algum tipo de influência ou programa de órgãos como a Embrapa.

Um dos setores que mais depende do trabalho do pequeno produtor é o leiteiro: 70% dos produtores nacionais de leite são de pequeno porte, um número bem significativo, principalmente se levarmos em consideração a geração de empregos do setor, que aloca mais de 3,5 milhões de pessoas em 1,1 milhão estabelecimentos rurais pelo país.

Fazenda leiteira em Lavras (MG)

Esse trabalhador que produz em pequena escala o faz de forma mais sustentável e menos invasiva ao meio ambiente. Com o protagonismo das causas ambientais nos últimos 20 anos, o trabalho desse produtor agropecuário acabou sendo mais valorizado, justamente porque ele atua de forma menos extrativista e que, consequentemente, impacta menos a natureza a curto, médio e longo prazo. 

Edson Wander Alves, 52, possui uma fazenda leiteira em Lavras (MG) com cerca de 70 animais produtores. A título de comparação, a criação de Edson equivale a 0,035% do maior rebanho de corte do país, que pertence a um único produtor e que conta com mais de 200 mil cabeças. Um sistema de produção pecuário nessa escala não é sustentável e pode causar uma série de problemas ambientais, tais como a degradação dos solos, erosão e aquecimento global. Segundo o Sebrae, a cadeia leiteira consegue ser sustentável ao aproveitar a estrutura natural que necessita ser conservada e recuperada, a fim de garantir manejos ambientais essenciais ao bom funcionamento dos sistemas de produção, e para o máximo proveito dos recursos naturais manejados. 

“Graças a qualidade do meu produto, pude crescer. Expandi minhas terras e pude aumentar a minha casa.”
Edson Wander Alves, fazendeiro

Quando uma grande empresa se compromete em negociar com pequenos produtores, ela não só muda a realidade de toda cadeia produtiva como, também, investe em sustentabilidade. A Danone, por exemplo, tem o leite como principal matéria-prima de seus produtos e trabalha com um modelo que proporciona desenvolvimento econômico e sustentável dos produtores e suas fazendas de leite por meio da capacitação técnica e intermediação na compra de insumos, visando a qualidade, eficiência e a sustentabilidade da produção. Também por este motivo, além de outras várias iniciativas, a empresa recebeu recentemente a chancela de empresa B.

Edson é um desses produtores, que viu o investimento de uma empresa em seu trabalho gerar frutos e garantir segurança para ele e sua família. "Há 15 anos forneço para a empresa e, nesse período, saí praticamente do zero, vi minha produção crescer e a qualidade do leite da fazenda aumentar. Faz 30 anos que tiro leite, mas cresci mesmo com a Danone. Comecei com 300 litros por dia e passei a 2.000 litros", relata ele, que conta com um funcionário fixo e a ajuda do filho mais novo, Diego, e da esposa, Ivone, na fazenda – o mais velho, Carlos, é zootecnista e trabalha com o pai nos fins de semana.

Edson Wander Alves, 52, possui uma fazenda leiteira com cerca de 70 animais produtores.

O conceito de sustentabilidade em uma determinada atividade se aplica, tradicionalmente, da seguinte forma: é economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente adequada. Ou seja, uma ação como essa tocada pela Danone impacta menos o ambiente, fornece meios de o pequeno produtor ter uma boa renda, crescer e produzir com qualidade. “Com os prêmios que ganhei da Danone graças a qualidade do meu produto, pude crescer. Expandi minhas terras, comprei tanque, trator, construi uma nova sala de ordenha, troquei meu carro por uma caminhonete. Pude aumentar a minha casa e equipá-la com churrasqueira, fogão novo e porcelanato”, conta Edson. 

Esse suporte institucional não só ajuda a fazer a economia rural girar no país e, consequentemente, a desenvolver regiões distantes dos grandes centros urbanos como também incrementa negócios que não são prejudiciais ao meio ambiente. A Cargill conta com um programa de apoio similar, com projetos de sustentabilidade com pequenos produtores rurais na Bahia, por exemplo. Já a Coca-Cola divulgou que 80% das frutas que compra anualmente para a manufatura de suas bebidas vêm de pequenos produtores espalhados pelo país – mais de 20 mil trabalhadores estão inseridos nessa cadeia e alguns fornecedores de maracujá, por exemplo, cultivam apenas meio hectare de terra.

Créditos

Imagem em destaque: Fazenda com integração de pasto e floresta

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