Aprendendo a reaprender

O premiado diretor, produtor e ator Miguel Falabella reflete sobre como todos nós precisamos sempre nos reinventar e aprender com as diferenças do outro

apresentado por Grupo Boticário

Independente de qual seja seu momento de vida hoje, existe uma realidade que une todos nós em uma mesma condição: a de que tudo vai (sempre) mudar e que sempre podemos aprender com os outros.

Aprendendo a reaprender

O premiado diretor, produtor e ator Miguel Falabella reflete sobre como todos nós precisamos sempre nos reinventar e aprender com as diferenças do outro

Independentemente de qual seja seu momento de vida hoje, existe uma realidade que une todos nós em uma mesma condição: a de que tudo vai (sempre) mudar e sempre podermos aprender com os outros.

Miguel Falabella compreendeu cedo essa realidade e a importância da empatia para se converter em um “autor de si mesmo”. E, mesmo com inúmeros sucessos no teatro e na televisão brasileira, reconhece que sua melhor obra é sua própria vida: “Ser protagonista da nossa própria história é o melhor papel em que podemos atuar e é muito valioso entender isso”.

Artista com mais de 40 anos de experiência, Miguel Falabella lida diariamente com jovens talentos e profissionais experientes. Com o exercício da empatia e da observação, ele se conecta verdadeiramente com pessoas que possuem diferentes histórias de vida e contextos e que pertencem a diferentes gerações. Na profissão e na vida, compreendeu que as diferentes gerações se complementam e sempre têm algo a ensinar umas às outras.

Miguel participou da Semana da Diversidade do Grupo Boticário, um evento interno que foi transmitido para os mais de 12 mil colaboradores da empresa. Em sua palestra, Sonhar e Viver em Voz Alta, ele refletiu bastante sobre a importância de estar sempre em construção a partir desse exercício de empatia e relacionamento verdadeiro com as pessoas.

“Vivemos um momento em que quem não aprender a desaprender não vai a lugar algum. A gente precisa aprender a criar novos modos de comunicação, novos meios e desaprender muita coisa. Se você não desaprende velhos conceitos e não aprende novas linguagens para falar com as pessoas, como vai se conectar verdadeiramente com elas?”, aconselha.

O conselho é ainda mais significativo quando olhamos para a trajetória de Miguel, um verdadeiro gênio na arte de se conectar com o outro. Em sua vida, ele já atuou com milhares de profissionais nas mais de cem peças de teatro, filmes e telenovelas que dirigiu ou roteirizou. Todas essas obras também falaram fundo no coração de milhares de brasileiros. Conexão.

Sua fórmula para se relacionar tão bem com tantas pessoas, passa, claro, pela valorização da arte. Miguel acredita especialmente na força esclarecedora da poesia e cita Cecília Meireles para explicar o poder da autotransformação e da resiliência: “Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira”. Todos os dias, ele publica para seus 2,2 milhões de seguidores em sua conta oficial no Instagram o “Bom dia com poesia”, no qual declama versos de poetas que fizeram parte de sua história.

Gente surpreende, sempre!

Para além dos versos, Miguel relembra a importância de se comunicar de modo verdadeiro com as pessoas para de fato aprender com elas. “Jamais perca a oportunidade de buscar o humano nas pessoas. Converse, mostre-se interessado; ouça, certamente você aprenderá algo novo que vai te transformar um pouquinho.”

E olhar para o outro é, muitas vezes, olhar para si mesmo. “Tudo aquilo que te incomoda em alguém é algo que te incomoda em você, a princípio. O que será que me incomoda em mim mesmo e que eu estou vendo no outro?”, destaca.

Esse cuidado é fundamental para quem quer se conectar verdadeiramente com as pessoas, sem barreiras e como mínimo possível de vieses. “Gente surpreende sempre, basta ter sensibilidade e esquecer os preconceitos.”

Miguel terminou sua palestra falando sobre dois temas universais: generosidade e empatia. “Todos nós somos dotados de neurônios-espelho, que nos permitem nos colocar no lugar do outro e entender o que cada um vive. Esses neurônios podem (e devem!) ser exercitados.” É a partir desse exercício que nos reinventamos – com o outro.

 

Que tal se inspirar com algumas dicas de artistas que falam sobre transformação?

Livro: A metamorfose, Franz Kafka
Música: “Metamorfose ambulante”, Raul Seixas
Poesia: “Um bom poema leva anos”, Paulo Leminski

 

Créditos

Imagem principal: Divulgação

Arquivado em: Trip Transformadores / Grupo Boticário / Comportamento / Diversidade