Paulo Ricardo

O cantor e compositor fala de sua carreira solo e sua relação com o RPM

por Alexandre Potascheff em

Paulo Ricardo Oliveira Nery de Medeiros, conhecido apenas como Paulo Ricardo, que está fazendo uma temporada muito interessante no Tom Jazz, aqui em São Paulo, foi um dos maiores ídolos do rock brasileiro na década de 80 e sua banda fez o disco mais vendido da história do rock no Brasil.

Nasceu em 1962, no Rio de Janeiro, e cresceu ouvindo bossa nova e jovem guarda. Subiu pela primeira vez em um palco com 5 anos de idade, em um programa da TV Rio, e aos 7 começou a trabalhar como modelo mirim, atividade que abandonou aos 12 por achar que era coisa de “mulherzinha”.

Filho de militar, mudou de cidade várias vezes e, em 1977, veio para São Paulo, onde começou definitivamente sua carreira no mundo da música. Enquanto formava bandas com pegadas de rock progressivo e new wave, como Prisma, Aura e a saudosa Pif-Paf, cursava jornalismo na Escola de Comunicação e Artes da USP, a ECA. Em 1982 se mandou para Londres, onde trabalhou como correspondente da Som Três, revista de música da época editada por Maurício Kubrusly.

Em 1984, de volta ao Brasil, formou a banda RPM, um dos maiores fenômenos da indústria fonográfica dos anos 80. Juntos, os três discos lançados pela banda e o EP venderam nada menos do que 3,5 milhões de cópias. No fim dos anos 80, depois de divergências sobre os rumos da banda, excesso de exposição, egotrips e uma pitada de drogas, a banda se separou. Com o fim do RPM nosso convidado de hoje virou a casaca, literalmente, e se jogou em uma bem-sucedida, diga-se de passagem, carreira pela música romântica. Depois de ensaiar uma volta com o RPM no início dos anos 2000 e de assassinar sua versão “cantor de multidões”, ele finalmente voltou para onde nunca deveria ter saído, pro universo do pop rock.

 

 

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