A artista paulistana que
explora pintura, vídeo,
instalação e performance
revela os trabalhos que
melhor representam sua obra

Imagens: divulgação

Um mergulho em
Regina Parra

“A potência da arte é ir
para um lugar que envolve
sedução e que a pessoa
nem percebe que você está
colocando uma coisa mais
subversiva”, diz Regina Parra

A resistência, a vulnerabilidade,
o corpo e o feminino são alguns
dos conceitos que permeiam a
poética de sua obra, que passa
por diversas linguagens

A seguir, a artista visual
seleciona 12 trabalhos que
representam sua trajetória

Álbum de Família

“Ainda era estudante quando
a série foi selecionada
para a Anual de Artes da
FAAP. Foi a primeira vez
que pensei que meu trabalho
poderia ter alguma relevância
para outras pessoas”

Controle

“A série foi parte da
exposição que fiz como
integrante do Grupo 2000e8,
que reuniu oito pintores
da minha geração. Marca
o começo do meu interesse
por imagens vindas de
câmeras de vigilância”

Mise-en-scène

“A série de autorretratos
criados a partir de imagens
minhas capturadas por câmeras
de vigilância foi parte da
minha primeira individual,
em 2009, no Paço das Artes”

Sobre la marcha

“O primeiro vídeo que fiz foi
um momento decisivo porque
entendi que a pintura não
dá conta de tudo. E, para
algumas ideias e trabalhos,
outras mídias e linguagens
são necessárias”

A Zona

“Foi a primeira instalação
com neon que fiz, em 2009. Minha pesquisa sempre partiu
de textos e autores, mas
nunca tinha usado a palavra
como matéria para o trabalho”

7.536 passos
(por uma geografia
da proximidade)

“O vídeo propõe, por meio
dessa caminhada, um encontro
com a comunidade boliviana
que vive em São Paulo”

A grande chance

“O neon foi criado para
a mostra Encruzilhada,
curadoria do Bernardo
Mosqueira, que sempre aparece
na minha vida em momentos
decisivos. É um trabalho que
me acompanha e me provoca”

Tenho medo que sim

“Marca o momento em que assumi
minha pesquisa em torno do
corpo e da vulnerabilidade
física. O ponto de partida
foi a personagem Ofélia,
de Shakespeare”

É preciso continuar

“Quando propus o trabalho,
pensava nas jornadas de junho
que carregaram o Largo da
Batata com uma potência de
resistência e transformação.
Foi lindo vê-lo incorporado
às manifestações contra
o Bolsonaro em 2018”

Ophelia

“Foi minha primeira
colaboração com Ana Mazzei,
artista e amiga maravilhosa.
É uma performance com nove
mulheres e se tornou a
primeira performance a fazer
parte do acervo do MASP”

Lasciva

“Um trabalho colaborativo
com bruno levorin que partiu
da vontade de pensar no
erotismo como ferramenta
para a resistência feminina.
É sempre mágico ver como as
colaborações levam a pesquisa
para um lugar inesperado”

Eis-me aqui.
História Exemplares
da Carne

“É onde estou imersa. Uma
ópera rock com sete atos
simultâneos, performados
por 21 mulheres e um
grupo de músicos”

Conteúdo que transforma