POR: Gabriela Bailas

Sonja
Ashauer

mulher foda

apresentar uma

deixa eu te

Fotos: reprodução
A paulista Sonja Ashauer foi
a primeira mulher a conquistar
um título de doutorado em Física
no Brasil e uma das primeiras
da Universidade de Cambridge
a se formar nessa área
Pioneira da Física no país,
Sonja nasceu em abril de 1923.
Filha de imigrantes alemães,
sempre foi estimulada a estudar
e incentivada a fazer descobertas
Nas vésperas de seu aniversário
de 17 anos, em 1940, Sonja
ingressou na Seção de Física
na antiga Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras (FFCL), atual
Universidade de São Paulo (USP)
O número de mulheres na Física
sempre foi muito baixo. Em 2022,
elas representam apenas 20% dos
estudantes nessa área. No topo
da carreira, esse número não chega
a 4%. Mas Sonja rompeu barreiras
Em 1936, antes de entrar
na faculdade, ela calculou
o coeficiente de absorção
de radiação para o efeito
fotoelétrico em dois estudos
de caso envolvendo fótons
absorvidos por um elétron
ligado – ou não – a um núcleo
Os cálculos de Sonja são
importantes para nos informar
sobre a segurança de equipamentos
que emitem radiação, como, por
exemplo, os equipamentos médicos
Marcelo Dammy, físico
e responsável pela
instalação do primeiro
reator nuclear no Brasil,
disse: “Sonja foi uma das
melhores estudantes do
curso e possui grande
entendimento dos
problemas da Física”
Em 1945, a cientista recebeu
uma bolsa do British Council
para estudar na Universidade
de Cambridge sob a supervisão
do célebre físico, teórico
e Nobel inglês Paul Dirac
Entre 1947 e 1949, Sonja
publicou 3 trabalhos sobre
um dos temas mais estudados
da época: a radiação de um
elétron em movimento, resolvido
de forma relativista
Seus trabalhos estão
relacionados ao efeito
fotoelétrico, que é aplicado
de forma prática em placas
fotovoltaicas, televisões
de LCD e plasma,
iluminação urbana, etc
No auge de uma carreira
brilhante, Sonja faleceu
em 21 de agosto de 1948, aos
25 anos, por broncopneumonia,
miocardite e colapso cardíaco.
Mas até hoje seu legado
segue inspirando muitas
cientistas brasileiras
1923 – 1948
sonja ashauer

é outra
conversa.