Por: Carol Ito
Imagens: reprodução fora do padrão
A diretora e produtora Lívia
Cheibub dá dicas de produções
que somam diversidade,
consentimento e prazer
“Na adolescência, eu
consumia pornô e me
incomodava muito ao
ver que as mulheres não
sentiam prazer nos filmes”,
conta a cineasta carioca
Lívia Cheibub
Com o desejo de subverter
essa narrativa, ela dirigiu
o filme “Landlocked”, que
acompanha a história de
um casal que se conhece
em Berlim e desenvolve
uma relação de intimidade,
conexão e tesão
A produção está associada
ao pós-pornô, movimento
que une arte e pornografia
como forma de questionar
a indústria tradicional,
que propaga uma visão
estereotipada sobre
as mulheres
Para isso, buscou referências
nas quais diversidade,
consentimento, cuidado
e prazer caminham juntos.
A seguir, ela conta pra
gente suas produções
favoritas:
“É uma produtora de Nova
Iorque que faz um pornô que
eu sempre quis ver e nunca
tinha encontrado até então”
“Você vê todos os tipos
de corpos queer, que estão
ali tendo prazer sendo
amados e se amando. Sou fã
da diretora Mahx Capacity”
“Não tem aquela coisa
encenada do pornô mainstream.
Mostra mulheres tendo prazer,
transando da maneira como
elas querem”
“A diretora Shine Louise
Houston faz algo cuidadoso
com as pessoas envolvidas,
respeita as subjetividades
dos performers”
“A Vex Ashley filma
e dirige, explorando
muitas linhas estéticas
e narrativas mitológicas”
“Ela foi uma das primeiras
a bancar as produções por
financiamento coletivo,
dando a possibilidade
do público pagar por um
pornô em que acredita”
“O diretor retrata o
mundo gay com um olhar
natural, cria climas de
muita intimidade com
suas histórias”
Lívia ainda reflete sobre
a importância de pagar pelo
pornô e buscar informações
sobre como ele é feito
“É importante conhecer
produtoras que estão fazendo
aquilo com carinho, que
remuneram os performers
de forma justa”
“Ainda existe muita
violência contra esses
corpos. Quando a gente
começa a pagar pelo pornô,
dá mais valor para como
aquilo foi feito”, conclui