POR: carol ito

A cientista Marcia Barbosa
quer mais mulheres nas
pesquisas não somente
para promover a igualdade,
mas a eficiência

Por mais
mulheres
na ciência 

Fotos: National Cancer Institute / Unsplash
O século 21 impõe problemas
complexos demais para serem
resolvidos apenas pelos homens
brancos e de elite que sempre
dominaram as pesquisas
É isso o que defende Marcia
Barbosa, diretora da Academia
Brasileira de Ciências
e professora de física
da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul 
Ela se tornou uma importante
liderança feminina no Brasil
e no exterior, reconhecida
pelo Prêmio L’Oréal-Unesco para
mulheres na ciência, em 2013
Fotos: Bertrand Rindoff Petroff / Getty Images
Defendo a equidade
porque a ciência
vai ser melhor com mais diversidade”, diz ela
O cenário é preocupante.
No mundo, as mulheres não
chegam a 30% do total de
pesquisadores, de acordo
com pesquisa da Unesco 2015
Nas chamadas áreas
STEM (Science, Technology,
Engineering and Mathematics),
o índice dificilmente
ultrapassa os 20%
Para mudar esse cenário,
a cientista orienta alunos,
faz palestras dentro e fora da
academia e atua em projetos para
promover a atuação feminina
“Aos poucos você
traz vozes que eram
mais tímidas, que
agora falam porque
não estão mais
sozinhas”, explica
Marcia defende que incluir
novos olhares nas pesquisas
é o caminho para encontrar
soluções e ideias fora da
caixa nas ciências
Quando tem um grupo
diferente de pessoas,
surge uma proposta
que não é o que
cada um sabe, mas a
combinação do que
todos sabem”, diz
“Para isso, as pessoas
precisam ter voz e
escuta: elas têm que
ter direito de falar
e de ser ouvidas“

é outra
conversa.