Ninguém segura
Dona Onete

A diva do carimbó demorou para
conquistar sua independência,
mas agora canta e fala o que
bem entender: “Não vou deixar
ninguém me tolher”

Por: Kamille Viola
Foto: divulgação
Ionete tinha uns 10 anos
quando cantava na beira do
rio e os botos se reuniam
à sua volta. Sonhava em ser
cantora de rádio, como Dalva
de Oliveira
Foto: divulgação
Vivendo em Igarapé-Miri,
no Pará, trabalhou como
professora de história e
estudos amazônicos e chegou
a ser secretária de cultura
do município
Foto: divulgação
Arriscava seus versinhos
no Carnaval e no boi-bumbá,
festas em que o marido
participava. Mas parava por
aí, porque ele tinha ciúme
Imagens: reprodução
Foi preciso mais de
meio século para que ela
finalmente fosse reconhecida
como uma estrela
Foto: divulgação
Virou diva do carimbó aos 70
anos e conquistou de Caetano
Veloso a Gaby Amarantos,
passando por David Byrne
e outros nomes da música
Imagens: reprodução
Quando a gente vê
mulheres como a Dona
Onete fazendo sucesso,
fica clara essa questão
da ressignificação da
idade. Ela oxigena a
cena da música paraense,
derrete-se Gaby
Suas marcas registradas:
músicas sobre flertes e
amores com certa malícia
e canções que falam sobre
a cultura de sua terra
Foto: divulgação
Fafá de Belém, outra que
registrou uma canção da
artista, “Pedra sem Valor”,
também é toda elogios
Foto: divulgação
Guerreira, corajosa, frontal, doce, deliciosamente
agradável, bem-humorada.
Amo muito a Onete, ela
é o Pará na veia”, diz
Dona Onete conta que a
gravadora Som Livre tentou
contratá-la, mas ela prefere
seguir independente
Imagens: reprodução
Queriam lançar meu
disco, mas eles não iam
me deixar falar o que
eu falo. Chegam aqui e
são donos da gente. Eu
não queria isso, diz
Não vou deixar ninguém
me tolher. Tenho
minha aposentadoria de
professora, então prefiro
poder cantar o que eu
quiser. Não estou rica,
mas prefiro seguir na
minha historinha”
Foto: divulgação

é outra
conversa.

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