Jessica Tauane, Lan Lanh,
Monica Benicio, Luedji Luna
e Milly Lacombe descrevem
as dores e os prazeres de se
abrir ao amor entre mulheres
Fotos: Pablo Saborido/ Trip
Mulheres
que amam
mulheres
“Quando casei, tinha um
monte de ex no cartório.
Sapatão tem isso de ficar
amiga de ex. Acho que é
tanta DR, tanta troca,
tanta conversa, que
a gente se resolve”
Jessica Tauane,
ativista e youtuber
“Sem o pênis e com duas
vaginas, se forem mulheres
cis, a criatividade vai
a mil e o prazer vai a um
milhão. É enlouquecedor,
quem prova não volta!”,
diz Jessica
“Acho que nos
relacionamentos femininos
rola uma intuição, a gente
sente muito a outra.
Tem muito espaço para
se observar, se cuidar”
Lan Lanh,
percussionista
“Outra coisa boa é quando
o sapatão é do mesmo
número. Sempre dou uma
passeada pelo armário da
Nanda [Costa], pego uma
botinha com salto.
A gente compartilha
tudo mesmo”, completa
“Uma das coisas mais
relevantes é poder
trepar sem protocolo”
Monica Benicio,
arquiteta
“A relação heteronormativa
coloca a ejaculação
masculina como ponto
de chegada e o prazer
do homem como soberano”
“Sexo entre mulheres é
como um grupo de jazz que
vai no improviso, não tem
um membro para determinar
o fim. É muito bom”
Milly Lacombe,
escritora
“Só a TPM que é uma merda.
E é muito comum os ciclos
menstruais se alinharem
e irem juntos até o
fim. O sexo fica supertrabalhoso, um monte
de coisa aí envolvida”,
diz Milly
“Me relacionar com
mulheres negras
é revolucionário.
Inverte a tal lógica
que diz que nós não
podemos acessar o amor”
Luedji Luna,
cantora
“O sexo com homens melhorou
muito depois que comecei
a me relacionar com
mulheres. Me trouxe outro
entendimento do corpo e do
que é o sexo, que não está
ligado ao falo”, completa
é outra
conversa.
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