Por que as
mulheres se
interessam
pela cena drag?

Conversamos com lady
queens, produtoras de
festas e artistas envolvidas
na cena para entender o papel
da mulher nesse universo

Por: Giulia Garcia
Foto: Bruno Carmo/ divulgação
Perucas, cílios postiços e
quilos de maquiagem. As drag
queens se popularizaram nos
últimos anos
Foto: Giselle Dias/ divulgação
E essa transição tem um
marco: RuPaul’s Drag Race,
reality show que tirou a cena
transformista do underground
e a tornou um fenômeno
pop no mainstream
Foto: unsplash
No imaginário popular,
esse universo é visto
como masculino e gay,
mas personalidades como
Elke Maravilha e Cher fazem
pensar sobre o uso do termo 
Foto: unsplash
As mulheres precisam
estar em todos os
lugares se assim
quiserem. Se você tem
vontade, o negócio é
botar a cara e fazer”,
defende Liliane Pereira,
produtora da festa Cover
Girl, em São Paulo
Foto: Renan Gaspar/ divulgação
A Cover Girl ficou conhecida
por seus concursos. Durante
a festa, cinco artistas
performam para o público
e uma equipe de jurados
elege a vencedora da noite
Foto: Jonatas dos Santos/ divulgação
Pelo menos uma das vagas
da competição é destinada
a mulheres que, com maquiagens
e artifícios estéticos, montam
personagens: drag kings, drag
queers ou lady queens
Foto: Bruno Carmo/ divulgação
Também DJ e modelo,
Buba Kore, a lady queen
e criadora da Festa Fejão,
viu o preconceito se
manifestar nos espaços
mais inesperados, mesmo
em lugares vistos como
nichos de liberdade
Foto: Bruno Carmo/ divulgação
Existe muito preconceito
por ser eu drag e me
reconhecer como trans.
Tem pessoas que acham
que eu só posso escolher
ser um e, como não sou
padrão, com peitão e
bundão, não me aceitam”
Foto: unsplash
Arte não é isso, arte
não tem gênero, não tem
o que você pode ou não
fazer. Você pode fazer
o que quiser”, explica
Foto: unsplash
Pamella Saphic era fascinada
por Madonna desde criança.
Começou a acompanhar
o trabalho dos covers
e seguiu o caminho
Foto: Kate Bernardi/ divulgação
Com 14 anos, comecei
a fazer performance
na escola e ninguém
entendia nada, porque
pensavam: ‘Ué, mas é uma
mulher, é um viado, é
uma criança, é o quê?’”
Foto: Kate Bernardi/ divulgação
Ao lado de Greta Dubois,
ela fundou o coletivo
Riot Queens, exclusivamente
feminino e com o objetivo
de mostrar o papel da
mulher na cena
Foto: Greta Dubois/ divulgação
“Eu sempre quis exagerar
na maquiagem e usar saia
de tutu na rua, sabe?
É uma merda não poder
sair assim”, diz
Foto: unsplash
Criada de modo conservador,
Vlada Vitrova encontrou sua
aceitação nesse universo
Foto: arquivo pessoal/ divulgação
Eu tive depressão ao
longo da adolescência,
muito por causa dessa
dificuldade de aceitar
que a forma que me
expresso não é errada,
não me faz menos
ou mais do que
ninguém”, explica 
Foto: unsplash
Mas o tema é dilema
para muita gente, como
foi para Popia, que
vivia num meio muito
feminista e via as drags
como uma coisa de homem.

Era uma reprodução
desses estereótipos”,
explica
Foto: unsplash
A diversidade não
seria completa sem
a presença feminina.
Seja nos palcos, na
produção, na parte
técnica ou no público,
esse espaço é de todos”
Foto: Bruno Carmo/ divulgação

é outra
conversa.

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