POR: quezia isaías
foto: JOHNNY MORAES

MC Taya e Monique Berçot,
ícones do movimento afropaty,
falam sobre a ressignificação
do termo “patricinha”
e a possibilidade de
enxergar mulheres negras
por suas conquistas

MARRA DE
PATRÍCIA

Foto: Jade Ferran / divulgação
A influencer e empresária
Monique Berçot ganhou
o apelido de “afropaty”
quando seu perfil começou
a bombar nas redes.
Por quê? Ela não nega
que ama vinhos, charutos
e bons restaurantes
Para a carioca, ser
uma patricinha negra,
ou afropaty, não é sobre
usar rosa ou ter dinheiro.
“É dar coragem, é estar lá
para fazer com que outras
pessoas se imaginem também
neste lugar”, explica
Foto: Divulgação
Mulheres negras ainda
recebem menos que mulheres
brancas, são as principais
vítimas do desemprego,
mas movimentam R$ 704
bilhões por ano, segundo
estudo de 2019 do
Instituto Locomotiva
Foto: Divulgação
E só agora que elas
estão começando a ser
vistas como consumidoras.
Quando ascendem, podem
usufruir de pequenos
luxos: cinema, viagens
e pratos mais refinados
Foto: Divulgação
Monique diz que este estilo
de vida é um sonho possível.
Adepta do método “o mínimo
que eu mereço”, que
é também título de um
de seus vídeos, afirma
que a chave é reservar
dinheiro para o lazer
Foto: Divulgação
“Saber o que te faz
bem é essencial para
conquistar um estilo
de vida”, aconselha. “Eu
sempre bato muito na tecla
de criar bons momentos”
Foto: Divulgação
Em sua empresa Luxuoso
Dia, Monique oferece o
serviço de “organizadora
de dias perfeitos”.
O negócio é a concretização
de um sonho: empreender
Foto: Jade Ferran / Divulgação
MC Taya é rapper,
comunicadora, influencer
e “preta patrícia”,
título que é também
o nome de seu primeiro
single e praticamente
o hino do movimento
afropaty no Brasil
Imagens: reprodução
Para ela, afropaty é a
mulher preta que busca
ascensão financeira,
estética e intelectual.
Lutei muito para chegar
onde cheguei e ainda não
conquistei nem metade
do que quero conquistar”
Foto: Divulgação
Mesmo emergindo neste
caminho, Taya não está
livre do preconceito
e luta contra o machismo
e a hiperssexualização
ainda presentes na
cena do rap
Foto: Divulgação
Suas letras falam sobre
o passado histórico,
mas também sobre o
poder da mulher negra
Imagens: reprodução
A carioca diz que este
poder que traz à tona
o lado afropaty nasce
de dentro para fora.
“Comprar roupa ‘x’ e
botar cabelo ‘y’ é só
a cereja do bolo”, opina
sobre o empoderamento
Foto: Divulgação

é outra
conversa.