Por: Carol Ito Imagens: arquivo pessoal/ divulgação
“A gente brilha a partir daquilo que a sociedade mais condena”, diz a drag queen, youtuber e palestrante que usa a diversidade e a educação para quebrar preconceitos
Lorelay Fox: a arte de ser drag
Lorelay Fox foi uma das primeiras drag queens brasileiras a fazer sucesso no YouTube
Desde 2015, ela vem conquistando a internet com vídeos de maquiagens psicodélicas, conselhos amorosos divertidos e reflexões sobre vivências da comunidade LGBT
O vídeo “É drag ou trans?”, em que explica as diferenças entre esses dois universos, foi o primeiro a viralizar nas redes
“Eu queria fazer um canal de maquiagem, mas que também trouxesse as reflexões que eu tinha na minha vida. Já era essa bixa mais ‘cabeça’”, conta
Lorelay Fox é a criação do publicitário Danilo Dabague, que começou a se montar ainda na adolescência, na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo
“Conheci o meio drag quando comecei a ir pra balada. À primeira vista, achava bizarro e absurdo, não queria aquilo pra mim”, relembra
Depois de conviver mais com pessoas da cena, Danilo decidiu testar a experiência e passou a se apresentar na noite como Lorelay Fox
“Escolhi Lorelay por causa da Lorelai Gilmore, da série Gilmore Girls, que eu adorava quando era novinho”, conta
“O Fox é por causa da cantora Lovefoxxx, da banda Cansei de Ser Sexy. Acho ela incrível”
A paixão de Danilo pelas artes vem da infância. “Sempre fui aquela criança reservada, ficava muito dentro de casa desenhando”, diz
“Tudo que eu vivo hoje veio do apoio que meus pais me deram na infância. De olharem para o meu lado artístico e me incentivarem”
Hoje, Lorelay compartilha sua trajetória com milhares de pessoas. Em sua palestra no TEDx, fala sobre diversidade e educação como ferramentas para quebrar preconceitos
Na televisão, foi uma das apresentadoras do programa Superbonita, do canal GNT, e participou do programa Amor & Sexo, da Globo
Também é fundadora da Jornada da Autenticidade, um curso em que fala sobre seu processo de se tornar drag
“O que consideram negativo em você pode ser seu trunfo. Toda drag vive isso, a gente brilha a partir daquilo que a sociedade mais condena”, reflete