A livraria Pulsa foi criada para
dar visibilidade a narrativas LGBTQIA+ e destacar histórias
que quase nunca são contadas
(ou valorizadas como deveriam)
no mundo das artes. Vem com
a gente conhecer algumas das
obras mais legais do catálogo
Livros feitos
por e para
pessoas
LGBTQIA+
fotos: reprodução Ao longo de mais de duas
décadas, a autora da premiada
novela ilustrada “Perigosas
sapatas” levou a dezenas de
jornais a vida de Mo, Lois,
Ginger, Sparrow e de suas amigas
“O essencial de perigosas sapatas”, de Alison Bechdel
O trabalho de Bechdel
é considerado um marco
nos quadrinhos, e a compilação
dessas histórias ao longo de
vinte anos refletem as mudanças
sociais, culturais e políticas
mais marcantes do período
“Amora”, de Natália
Borges Polesso
Vencedor do prêmio Jabuti,
traduzido e publicado em diversos
países, o livro é um convite à
celebração do amor e do desamor
entre mulheres em suas mais
diferentes manifestações
Juntas, as histórias revelam
um delicado mosaico por
meio de 33 contos que falam
de desejos, caos, ternura,
violências e liberdade e
mostram a complexidade
das relações de afeto
“Garota, mulher, outras”,
de Bernardine Evaristo
Considerado um verdadeiro marco
da ficção britânica, o romance
causou furor quando publicado:
venceu o Booker Prize em 2019
e foi incluído nas principais
listas de melhores livros do ano
Escrito em versos livres,
sem pontos finais e usando
linguagem de gênero neutro,
o livro retrata uma Londres
dividida e hostil logo após a
votação do Brexit, levantando
reflexões poderosas sobre machismo, racismo e a
estruturas sociais
“Um apartamento em
Urano: crônicas da
travessia”, Paul B. Preciado
Um dos pensadores mais
radicais e indispensáveis da
atualidade fez uma seleção das
suas “Crônicas da travessia”
produzidas na última década.
Elas acompanham seu processo
de transição de gênero
Na obra, o filósofo espanhol
analisa processos contemporâneos
centrais de mutação política,
cultural e sexual, como as novas
formas de violência masculina,
o assédio a crianças trans,
os Estados Unidos de Trump
e o trabalho sexual
“O parque das irmãs
magníficas”, de Camila
Sosa Villada
Quando chegou a Córdoba, a autora
argentina decidiu ir ao Parque
Sarmiento à noite pensando nas
palavras do pai: “Um dia vão
bater nessa porta para avisar
que te encontraram morta”.
Camila queria ver as famosas
travestis do parque. Diante delas,
foi imediatamente acolhida
e sentiu, pela primeira vez em
sua vida, que havia encontrado
seu lugar de pertencimento no
mundo. Foi então que fez um
livro sobre amor e afeto