Por: Mayara Rozário
Foto: Jup do Bairro/ Felipa Damasco/ Cai Ramalho

Eleita artista revelação em
2020, a cantora e apresentadora
do programa TransMissão fala
sobre “Corpo Sem Juízo”, seu
primeiro EP, e as lutas diárias

Jup do Bairro

Enérgica, acolhedora e
potente. Assim é a arte de
Jup do Bairro, sua maneira
de expor as dores e as
delícias de ser quem é

Foto: Jup do Bairro/ Felipa Damasco/ Cai Ramalho

“Eu escrevo com a pretensão
de que ouçam o que tenho
para dizer, mas também para
que eu possa me ouvir”, diz
a artista, que nasceu no
Capão Redondo, bairro no
extremo sul de São Paulo

Foto: reprodução

Aprendeu quase tudo
sozinha e virou cantora,
compositora, produtora,
atriz e apresentadora do
TransMissão (Canal Brasil)
ao lado de Linn da Quebrada,
amiga com quem também
divide os palcos

Foto: reprodução

Em 2020, lançou seu primeiro
EP, batizado de “Corpo Sem
Juízo”, que lhe rendeu o
Prêmio APCA de artista
revelação. Mas Jup quer mais,
para ela e para os outros

Foto: reprodução

“Evolução para mim não
é o lançamento da Jup do
Bairro ou travesti ganhando
prêmio internacional. É
significativo, mas é pouco.
Precisamos começar a falar
de quantidade”, diz

Foto: reprodução

Muito dessa vontade de
abrir caminhos e mostrar
a qualidade artística e
criativa das periferias
se materializou em seu EP,
fruto de uma campanha de
financiamento coletivo

Foto: Jup do Bairro/ Felipa Damasco/ Cai Ramalho

Ela precisou desviar o
olhar de holofotes que a
cegavam, como define Jup,
para conseguir enxergar suas
referências e inspirações.
E, por sorte, elas estavam
pertinho, ali no bairro
onde vive

Foto: Jup do Bairro/ Felipa Damasco/ Cai Ramalho

A produção musical assinada
pela DJ BADSISTA foi
executada nas quebradas
de SP e os feats são com
artistas igualmente negros
e periféricos, como Rico
Dalasam, Deize Tigrona
e do rapper Mulambo

Foto: reprodução

“A arte é muito
transformadora porque ela
chega em vários lugares,
principalmente a música,
que é um mecanismo de
maior execução e percurso”,
diz Jup

Foto: reprodução

Como uma artista negra,
trans e periférica, ela
olha para tudo o que já
alcançou também como uma
responsabilidade com
a sua quebrada

Foto: reprodução

“Gosto de ser uma espécie
de capitalizadora, para
levar os meus e as minhas
para onde eu for. A cada
degrau que subo na minha
carreira, eles sobem também”

Foto: reprodução

“A criação de novos
imaginários vem a partir
da gente, do que a gente
consome, cria, executa”,
afirma a cantora

Foto: Jup do Bairro/ Felipa Damasco/ Cai Ramalho

“Eu entendi que eu
posso voltar a sonhar
os sonhos que me foram
roubados, acreditar na
minha contribuição para
minha geração”

Foto: Jup do Bairro/ Felipa Damasco/ Cai Ramalho

é outra
conversa.