“Para a sociedade, em geral, a mulher trans é marginalizada, um fetiche sexual. Estar na televisão e dar um passo para desconstruir isso é uma questão de sobrevivência”
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Foi o que disse Gabriela Loran, fluminense de São Gonçalo, ao se tornar a primeira atriz transgênero de Malhação, aos 24 anos. O ano era 2018 e a série da Globo já estava no ar há mais de duas décadas, desde 1995
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Quatro anos depois, ela volta à televisão em 2022 para viver Luana em “Cara e Coragem”, novela das 7 da Globo. A atriz conta que seu desejo como artista é viver personagens complexas, que não estejam numa trama apenas trazer à tona discussões sobre gênero e transfobia
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“A Luana é o braço direito da personagem Clarice, INTERPRETADA POR Taís Araujo, que é uma grande empresária. Ainda não sei se a questão trans será levantada, mas, em todo caso, não é o tema que vai conduzir a personagem”, diz
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“Eu sonho alto, quero ganhar um Oscar um dia. Mas sinto falta de personagens que me deem condições de concorrer a esse prêmio, que tenham cenas potentes”
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Para Gabriela, a discussão sobre diversidade e preconceito pode estar além de um papel numa novela – e é por isso que ela também usa as redes sociais para ampliar o debate sobre o assunto
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“Assim como você”, vídeo em que fala com quem diz a odiar para refletir sobre a falta de empatia em relação às vivências de pessoas trans, foi um dos que viralizou nas redes
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“Por que você me odeia? Por que você zomba de mim? Por que você não me dá um emprego? Por que você mata as minhas das piores formas possíveis? Por que você não aceita meu nome social? Por que você distribui ódio gratuito a pessoas como eu? Assim como você, eu só quero ser eu“
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A carioca também comenta sobre a inclusão, em abril de 2022, de mulheres trans na Lei Maria da Penha, que protege vítimas de violência
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“A gente não tá lutando para ter um cargo de CEO em uma empresa. Estamos lutando apenas pela nossa vida”, defende