POR: CAROL ITO
fotos: camila frade

Filha de Seu Jorge
transborda musicalidade
e dá os primeiros passos
como cantora e compositora

Flor Jorge:

música no sangue

Uma das primeiras
lembranças musicais
que Flor Jorge carrega
com carinho é de quando
subiu ao palco para cantar
com o pai, Seu Jorge
Imagem: reprodução
“Foi cantando ‘Dois beijinhos’, eu tinha
sete anos. Lembro da
luz muito forte no meu
rosto e que eu me sentia
muito livre, conta
Ela cresceu em São Paulo
e passou parte da infância
e adolescência nos Estados
Unidos, onde deu seus
primeiros passos como
cantora e compositora,
cercada por grandes nomes
da música brasileira
“Eu sempre soube que
queria cantar. Antes
de aprender a falar, eu
já cantava pra eu mesma
dormir. Nas festas em
casa, queria ficar nas
rodas dos músicos, conta
Em julho de 2021,
Flor lançou “Sapiens”,
seu primeiro single
e videoclipe, em que
canta sobre natureza
e ancestralidade
Imagem: reprodução
“Criei essa música
no meio da pandemia,
com os protestos, o
movimento Black Lives
Matter. Tanta coisa
acontecendo e ao mesmo
tempo nada acontecendo”
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“Teve uma noite em que
eu só chorava e não
conseguia dormir por
nada, então simplesmente
comecei a escrever”
O poema acabou ganhando
melodia do músico Rogê
e participação do maestro
Arthur Verocai
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“A inspiração nasceu
num lugar muito escuro
e triste, mas eu tô
feliz com o resultado
e com o que a música
representa”, conta Flor
Em 2021, Marisa Monte
gravou uma de suas
composições, “Pra Melhorar”,
lançada com participação
de Flor e Seu Jorge
Imagem: reprodução
“Com uns 11 anos, memorizei
uma melodia que a Marisa
tava tocando numa festa,
escrevi um pouquinho da
letra, voltei lá e mostrei
pra ela. Anos depois,
foi para o álbum”
Imagem: reprodução
Flor tem fortes referências
de jazz, soul e R&B e se
inspira em artistas como
Thundercat, Tyler, the
Creator, Kali Uchis e
na banda Hiatus Kayote
Dentre as brasileiras
da nova geração, ela
menciona Luedji Luna
e Duda Beat: Acho que
eu sou uma mistura das
duas. Adoro ouvi-las para
me sentir empoderada”
Flor conta que segue
vivendo e criando “sem muita
fórmula”, embora se veja
futuramente no showbiz
“Já acompanhei meu
pai em turnê e sei
que é muito cansativo,
não tem todo o glamour
que a gente sonha. Mas
sempre me diverti muito,
acho que nasci para
fazer parte disso”
Foto: reprodução

é outra
conversa.