POR: dandara fonseca
imagens: reprodução

Dona da laje mais bombada
de Realengo e criadora do
biquíni de fita isolante
que conquistou Anitta,
Érika Bronze conta como
levou a cultura da
marquinha para o mundo

A rainha
do bronze

Foto: arquivo pessoal
Tomar sol na laje usando
fita isolante sempre
fez parte da rotina da
carioca Érika Martins.
Sua marquinha de biquíni
era motivo de inveja
na comunidade de Bangu,
onde nasceu e cresceu
“Minhas primas começaram
a me pagar para fazer
a marquinha delas na
minha laje. Aí percebi
que essa cultura das
comunidades poderia
virar um negócio, conta
Foto: arquivo pessoal
Foto: arquivo pessoal
A ideia deu tão certo que,
em pouco tempo, a laje de
Érika Bronze - como passou
a ser conhecida - ficou
pequena para o número de
clientes, e ela se mudou
para um local maior no
bairro de Realengo
Seu negócio também foi
se diversificando. Além
de receber mulheres em sua
laje, Érika passou a vender
biquínis de fita isolante
e produtos patenteados, como
aceleradores de bronzeado
Imagens: reprodução
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A cantora Anitta, que
já tinha ouvido falar
de Érika, decidiu vestir
o biquíni no clipe de Vai
Malandra. Ela ainda fez
questão que eu participasse
das cenas na laje. Isso
mudou a minha vida”
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Depois do clipe,
as clientes de Érika
deixaram de ser apenas
mulheres de periferia.
Hoje vem gente de
Copacabana, da Barra.
Mulheres que moram em
frente à praia e querem
Se bronzear na laje”
Para ela, seu negócio
bomba porque faz as
mulheres se sentirem
lindas. A marquinha
mexe com a autoestima
e muda a relação da
mulher com seu corpo,
seja ele magro ou gordo”
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Trabalhando cada vez mais
como personal bronzer,
ela também faz workshops
para ensinar sua técnica
a outras mulheres. É uma
forma de elas garantirem
uma renda extra”
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Foto: arquivo pessoal
No início da pandemia,
a empreendedora ficou
preocupada com o futuro
de seu negócio, mas
aproveitou as pessoas
em casa para criar um
autobronzeador que caiu
no gosto da mulherada
A cantora Anitta deu outro
empurrãozinho. Ela usou
meus biquínis para fazer
exercício em casa, e meu
site chegou até a travar.
Os produtos esgotaram em
menos de 1 hora, conta
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Além de ultrapassar
as barreiras nacionais,
chegando em países como
Estados Unidos, Portugal
e Grécia, o bronzeado
de Érika também virou
obra de arte
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Uma exposição no Museu
de Arte Moderna do Rio
de Janeiro exibiu quadros
que enaltecem essa tradição
que, ao que tudo indica,
saiu das comunidades
cariocas para o mundo
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No começo eu sofri
muito preconceito
por ser uma mulher de
comunidade. Fico feliz
que as pessoas com grana
estejam prestigiado um
trabalho da periferia
e venham ver de perto
nossa cultura”
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é outra
conversa.