O ator fala dos desafios
de reviver um personagem
criado há mais de 50 anos
na série Todas as Mulheres
do Mundo, do Globoplay

Emilio Dantas
e o machismo
de Paulo 

Por: Carol Ito
Crédito: João Miguel Júnior/ Globo
Paulo é um arquiteto
de Copacabana que, depois
de trair e romper com a
namorada, se relaciona
com uma mulher diferente
em cada um dos doze
episódios de Todas as
Mulheres do Mundo
Crédito: reprodução/ Globo
Na internet, as atitudes
do personagem interpretado
por Emilio Dantas dividem
opiniões. Há quem o elogie
como um cara romântico
e intenso, mas há quem
o compare a um típico
“esquerdomacho”
Crédito: Victor Pollak/ Globo
A expressão é usada
para tipificar homens
que dizem ter pensamentos
progressistas, mas,
apesar de parecerem bem intencionados, reproduzem
o mesmo machismo que pode
levar a relacionamentos
abusivos
Crédito: reprodução/ Globo
“Eu acho que o Paulo
realmente não tira
proveito da situação
sendo esquerdomacho,
mas também não revê
profundamente seus erros,
diz Emilio Dantas
Crédito: Victor Pollak/ Globo
O ator, que colaborou
no processo de adaptação
do personagem aos tempos
atuais – a série é inspirada
num filme de Domingos
Oliveira de 1966 –,
defendeu que as falhas de
Paulo não fossem apagadas
Crédito: Victor Pollak/ Globo
“A gente levantou
questões como: por que
esse cara? Por que falar
de mulheres diferentes
se relacionando com esse
cara? Por que não uma
mulher se relacionando
com outros caras?”
Crédito: reprodução/ Globo
“Tinha várias formas de
pensar, mas é a obra do
Domingos, como ela foi
escrita, diz. Acho que
é mais importante rever
os conceitos masculinos
do que simplesmente
inverter os papéis”
Crédito: João Miguel Júnior/ Globo
A série atual, escrita
por Jorge Furtado e Janaína
Fischer, contou com uma
equipe composta em sua
maioria por mulheres e,
no elenco, estão nomes
como Fernanda Torres, Lilia
Cabral e Maria Ribeiro
Crédito: reprodução/ Globo
“A gente batia muito
papo, todo mundo deu
pitaco, foi um processo
muito humano, conta
o ator. A preocupação
foi justamente a
adaptação de valores,
de comportamentos”
Crédito: Victor Pollak/ Globo
“No roteiro, fica nítido
que as mulheres da série
são livres, né? Elas
passam pela vida do
Paulo e do Cabral, seu
amigo, e cabe a eles
se modificarem, reverem
os erros, os conceitos
sobre o masculino”
Crédito: reprodução/ Globo
As discussões em torno
do comportamento do
protagonista continuam
pertinentes dentro das
novas masculinidades,
mas o objetivo da produção,
segundo Emilio, não é
trazer respostas
Crédito: reprodução/ Globo
“A série, assim como
toda poesia, não é
sobre responder, e sim,
levantar mais perguntas,
diz. Ela continua nas
rodas de discussão, no
imaginário das pessoas,
enfim, nas transformações
de cada um”
Crédito: reprodução/ Globo

é outra
conversa.