POR: carol ito

O medo de ficar sem emprego
ainda é realidade para as
gestantes, mas o mercado
de trabalho finalmente começa
a enxergar essas profissionais

Contrata-se
grávidas

foto: toro tseleng / unsplash

“Fui contratada duas vezes
enquanto estava grávida, as
empresas disseram que não
havia problema nenhum”,
conta a gerente de análise
de dados Juliane Bertolo

foto: arquivo pessoal

Em 2021, com quatro meses
de gestação, ela foi chamada
para um emprego em uma empresa
de tecnologia, e, com seis
meses, recebeu a oferta de
uma empresa de delivery

imagens: arquivo pessoal

“Foi tranquilo, mas tive
receio no começo, não
sabia como os chefes
iriam reagir. Eu tinha
que me provar mesmo
estando grávida”, diz

foto: ignacio campo / unsplash

Depoimentos como esse ainda
causam surpresa, já que a
chegada da gestação traz uma
série de inseguranças para
mulheres na área profissional

foto: pelayo arbues / unsplash

De acordo com pesquisa realizada
pela Fundação Getúlio Vargas
em 2016, 24 meses depois da
licença-maternidade, quase
metade das brasileiras se veem
fora do mercado de trabalho

foto: ricardo moura / unsplash

Quanto menor a escolaridade,
pior o cenário: trabalhadoras
com nível educacional mais
baixo apresentam queda de
emprego de 51% após 12 meses
da licença, contra 35% entre
mulheres com maior escolaridade

foto: enrique guzman egas / unsplash

“Já me perguntaram durante
uma entrevista de emprego
se eu pretendia engravidar
nos dois anos seguintes.
Embora quisesse, respondi
que não”, conta Soraia Lima

foto: grace gomes

Gerente de projetos
e professora universitária,
ela relembra as dificuldades
que encontrou para arrumar
emprego quando estava grávida

imagens: matilda wormwood / pexels

“Em 2018, estava trabalhando
como freelancer quando
descobri a gravidez. Até
para ser contratada para
trabalhos temporários
era difícil”, lembra

imagens: mart production / pexels

“Sou mãe solo, estava
muito angustiada. Precisava
daqueles freelas pra ter
um pouco de paz, já que
não teria nem licença
maternidade"

foto: Karina Francis

Depois de várias tentativas,
ela conseguiu emprego em
uma agência de publicidade,
que ofereceu suporte
durante a gestação

imagens: karolina grabowska / pexels

Existe um preconceito
que diz que a mulher que
é mãe se dedica menos ao
trabalho”, diz Vitoria Pasciano,
psicóloga e recrutadora
da 99, que criou programas
para acolher mulheres
durante e depois da gestação

foto: christin hume / unsplash

“Entende-se que o homem
sempre priorizará o trabalho,
sem precisar se ausentar
para licença-maternidade
ou resolver questões
familiares. É uma das
facetas do machismo”

foto: alexander krivitskiy / unsplash

“A empresa precisa respeitar
os espaços da vida privada
e o momento de descanso e
dedicação à família de todos”

imagens: c technical / pexels

é outra
conversa.