Mesmo com tantos filtros e retoques digitais,
é possível fazer as
pazes com a vida real

Por: Daniela Arrais
Imagens: creative commons

Como encarar
a própria
imagem?

Lábios mais cheios, olhos
maiores, nariz mais fino.
Os filtros e as edições
digitais se tornaram a
norma e mudaram a percepção
de beleza das pessoas

Se antigamente desejávamos
as características das
celebridades, agora
recorremos às cirurgias
para ficarmos parecidos
com nossas selfies

"As selfies e aplicativos
focados em imagem acabaram
colocando a nota de corte do
que é considerado perfeição
lá no alto”

Vânia Goy,
jornalista do
site Belezinha

Foto: Alex Batista
Cada vez mais temos acesso
a esse tipo de conteúdo.
Em 2019, cerca de 100 milhões
de fotos e vídeos eram publicadas
no Instagram diariamente

“Para que vou conviver com um
defeito se tenho à disposição
cada vez mais recursos
de aprimoramento da
minha imagem?"

Joana de Vilhena
Novaes, psicanalista

Foto: Alex Batista

A Associação de Cirurgia
Plástica dos EUA apontou que,
em 2017, 55% dos cirurgiões
já haviam recebido pedidos
para “melhorar a aparência
em selfies"

“Por que modificar tanto seu
rosto, que é sua identidade
primordial? Não somos lindos
nem nos amamos o tempo todo.
E tudo bem”

Julia Petit,
dona da marca
de beleza Sallve

Foto: Alex Batista

“Os filtros te colocam em
um padrão. Se você é negra,
ele te clareia mais, afina
o nariz, o que te deixa mais
aceitável para a sociedade”

Amanda Abreu,
criadora do projeto
Indique uma Preta

Foto: Alex Batista

É preciso refletir sobre
as tantas horas que gastamos
na internet e entender por
que gostamos de assistir às
vidas "perfeitas" de outras
pessoas on-line

Consciência é o antídoto para
que isso não gere ansiedade.
Precisamos falar sobre beleza,
autoaceitação, insatisfação
e padrões inatingíveis

E fazer um mergulho em
nós mesmos. Porque não tem
intervenção, cirurgica ou
de filtros, que dure mais
do que fazer as pazes
com nós mesmos

é outra
conversa.

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