Vice-campeã mundial de sumô, Luciana Watanabe ajuda a promover o esporte no Brasil
Ela luta sumô
Até o final dos anos 90, lutar sumô era uma prática exclusivamente masculina. Isso mudou com a tentativa de incluir o esporte nos Jogos Olímpicos
“Para incluir o sumô como modalidade olímpica era preciso ter feminino e o masculino e divisões de categorias por peso”, explica a atleta Luciana Watanabe
Foi nessa época que a atleta, que já era praticante de judô, conheceu o sumô. Desde então, ela nunca mais se separou do esporte
“Fui treinar numa brincadeira e me classifiquei no campeonato brasileiro. No mesmo ano, em 2000, consegui uma vaga para representar o Brasil no mundial”, conta
“Já fui para 13 países competir na categoria leve, de até 65 kg. Em 2010, fiquei em terceiro lugar no World Games, que é como a Olimpíada para esportes não-olímpicos”
“Em 2013, me tornei vice-campeã, perdendo para uma japonesa. O objetivo é vencer o próximo mundial nos Estados Unidos, em 2022”
Luciana é praticante de sumô amador que, ao contrário do sumô tradicional, que é praticado somente no Japão, aceita mulheres e crianças
“No sumô tradicional existem regras bem rígidas, é uma cultura passada de pai Para filho. Não tem divisão de categorias por peso, então, acreditam que quanto maiores os atletas, mais fácil de ganhar”
“Ainda existem vários preconceitos. as pessoas acham que para lutar tem que ser gordo, usar fralda, que é um esporte só de homem”
“A gente vai quebrando os estereótipos e vendo o quanto o esporte é interessante para quem o pratica”, diz Luciana, que também é professora de sumô
Ela toca o projeto “Lutas como forma de educação”, que ensina sumô em escolas municipais de Suzano (SP)
Além disso, mantém um canal no YouTube, o Sumo Suzano, em que divulga informações históricas e culturais sobre a prática, lives com atletas e aulas on-line
Na luta de sumô você precisa empurrar o adversário para fora do círculo ou derrubá-lo. Exige muita força, persistência e técnica”, explica
“Vejo muitas respostas positivas dos alunos, que melhoram a parte física, emocional, social e cognitiva praticando esse esporte”