POR: carol ito
foto: jorge mazzino

Vice-campeã mundial de sumô,
Luciana Watanabe ajuda a
promover o esporte no Brasil 

Ela luta sumô

Até o final dos anos 90,
lutar sumô era uma prática
exclusivamente masculina.
Isso mudou com a tentativa
de incluir o esporte nos
Jogos Olímpicos
“Para incluir o sumô como
modalidade olímpica era
preciso ter feminino e o
masculino e divisões de
categorias por peso”, explica
a atleta Luciana Watanabe
Foi nessa época que a
atleta, que já era praticante
de judô, conheceu o sumô.
Desde então, ela nunca mais
se separou do esporte
“Fui treinar numa
brincadeira e me classifiquei
no campeonato brasileiro.
No mesmo ano, em 2000,
consegui uma vaga para
representar o Brasil
no mundial”, conta 
“Já fui para 13 países
competir na categoria
leve, de até 65 kg. Em 2010,
fiquei em terceiro lugar
no World Games, que é
como a Olimpíada para
esportes não-olímpicos”
“Em 2013, me tornei
vice-campeã, perdendo para
uma japonesa. O objetivo
é vencer o próximo mundial
nos Estados Unidos, em 2022”
Luciana é praticante de sumô
amador que, ao contrário do
sumô tradicional, que é
praticado somente no Japão,
aceita mulheres e crianças
“No sumô tradicional
existem regras bem rígidas,
é uma cultura passada de pai
Para filho. Não tem divisão
de categorias por peso,
então, acreditam que quanto
maiores os atletas, mais
fácil de ganhar”
“Ainda existem vários
preconceitos. as pessoas
acham que para lutar
tem que ser gordo, usar
fralda, que é um esporte
só de homem” 
“A gente vai quebrando
os estereótipos e vendo
o quanto o esporte é
interessante para quem o
pratica”, diz Luciana, que
também é professora de sumô
Ela toca o projeto “Lutas
como forma de educação”,
que ensina sumô em escolas
municipais de Suzano (SP)
Além disso, mantém um canal
no YouTube, o Sumo Suzano,
em que divulga informações
históricas e culturais
sobre a prática, lives com
atletas e aulas on-line
Na luta de sumô você precisa
empurrar o adversário para
fora do círculo ou derrubá-lo.
Exige muita força, persistência
e técnica”, explica
“Vejo muitas respostas
positivas dos alunos, que
melhoram a parte física,
emocional, social e cognitiva
praticando esse esporte”

é outra
conversa.