Por: Carol Ito

Sentir-se uma farsa afeta
(e muito) a vida das mulheres.
Sócia da Contente, Daniela
Arrais dá dicas para calar
aquela voz interna que diz
que não somos capazes

Como domar
a síndrome
da impostora

De Pernambuco, a jornalista
Daniela Arrais é sócia da
Contente, a primeira
plataforma de conteúdo
e mídia para uma vida
digital mais consciente

Foto: reprodução

Também é criadora da
série de vídeos do IGTV
“Fala que eu não te escuto,
impostora”, em que discorre
sobre a chamada síndrome
da impostora

“A síndrome da impostora
é uma voz interna na minha
cabeça que sempre me coloca
em dúvida sobre minha
capacidade de realizar
as coisas”, explica ela

Esse fenômeno atinge
muito mais as mulheres.
O termo surgiu no final
dos anos 1970, a partir
de uma pesquisa feita
por duas norte-americanas

Pauline Rose Clance
e Suzanne Imes fizeram
um estudo com 150 mulheres
que tinham uma posição
de destaque

“Elas perceberam a
tendência de se sentirem
uma fraude, de acreditarem
que o sucesso tinha a ver
com sorte ou qualquer
outra coisa aleatória”

A seguir, Daniela Arrais
aponta caminhos para
tentar domar a síndrome
da impostora no dia a dia:

“A primeira coisa é
entender que você não
está sozinha. Isso é
um fenômeno psicológico,
que já é estudado e
falado há alguns anos”

“Escolha pessoas em
quem confia para falar
sobre o que sente.
Para mim, sempre foi
muito importante poder
falar sobre isso num
ambiente seguro”

“Tente esquecer o
perfeccionismo. Todas
estamos exaustas no fim
do dia, mas ainda cobramos
uma alta performance na
vida profissional, na
vida afetiva, em tudo”

“Pense nos feedbacks
positivos. Já cheguei
a guardar uns e-mails
lindos que recebia em
um arquivo para servir
como um lugar de força”

“Buscar terapia é
fundamental. Ainda
que esbarre na falta
de grana, existem muitos
centros que oferecem
atendimento social”

“Escolha umas duas
pessoas de confiança
para validar sua
autopercepção, fazer
perguntas sobre forças,
fraquezas, o que
pode melhorar”

“É muito legal dividir
conhecimento e colocar
o que você sabe a serviço
de alguém, falar com
outras mulheres sobre
a síndrome da impostora”

“Crie uma rede de apoio
para que você consiga ter
um suporte no dia a dia.
Pode ser suas amigas,
pessoas que admira e
confia para trocar”

é outra
conversa.